Estado quer um ramal multimodal da Ferroeste de Cascavel a Foz do Iguaçu. Licitação deve sair em 2021

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Foto: AEN

Governo já investiu R$ 30 milhões nos estudos e licenças do novo ramal; A licitação deve ocorrer até o final de 2021

A Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste) foi qualificada, na quarta-feira (10), no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) do governo federal. O credenciamento deve acelerar o processo de desestatização da estrutura. O programa inclui dois ramais multimodais para escoamento da safra de grãos – um até Foz do Iguaçu e outro até o Mato Grosso do Sul.

O pedido para qualificação da Ferroeste foi feito pelo Governo e significa que a União vai ajudar o Paraná com apoio técnico regulatório necessário em diversas áreas, da modelagem e meio ambiente à atração de investidores. A expectativa é colocar a empresa em leilão na B3 até o final de 2021.

O processo, segundo a previsão, inclui o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) concluídos.  O modelo de concessão (total ou parcial) será discutido nos próximos meses em um Comitê de Governança do Projeto.

Esse cronograma prevê, ainda, a viabilidade da extensão (até 1.371 quilômetros) de uma nova ferrovia entre Maracaju (MS) e Cascavel (PR), a revitalização do atual trecho ferroviário entre Cascavel a Guarapuava, a construção de uma nova ferrovia entre Guarapuava e Paranaguá e a construção de um ramal multimodal entre Cascavel e Foz do Iguaçu.

Avançado

A modelagem já está em fase de EVTEA. O estudo foi contratado em 2019 pelo Governo do Estado. “É uma conquista importante para o Paraná”, diz o governador Carlos Massa Ratinho Junior. A Ferroeste foi totalmente remodelada nos últimos meses e o Paraná busca viabilizar agora, junto ao governo federal investimentos em outro patamar.

“O que permitirá a construção de novos ramais e melhorará a malha férrea do Estado para as próximas décadas”, destacou Ratinho Junior. Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, já foram investidos mais de R$ 30 milhões nesse projeto e a adesão ao PPI significa que o Paraná terá toda condição técnica necessária para atrair recursos com segurança jurídica.

“O Estado terá novos traçados na linha férrea e teremos capacidade de aumentar ainda mais a produção do agronegócio e das indústrias pesadas”, pontua. “É mais uma parceria bem-sucedida com o governo federal para transformar a infraestrutura”.

Ronildo Pimentel
GDia

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