Medidas visam a evitar aglomeração de usuários nos veículos e infecção pelo novo coronavírus.
Aumentar a frota de ônibus do transporte coletivo e ampliar os horários do serviço público essencial. Essa é a tônica do pedido feito pela ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu) à prefeitura com o objetivo de evitar a aglomeração de usuários nos veículos e a infecção pelo novo coronavírus.
As duas medidas são apontadas pela entidade como de “extrema necessidade” para impedir um “gargalo de infecção da covid-19 a continuar com a aglomeração atualmente verificada, nem tampouco tornar-se um problema aos cidadãos e trabalhadores que necessitam do serviço” operado por concessão pública.
Em seu requerimento, a ACIFI relembra que a cidade continua com frota e horários reduzidos, apesar da reabertura gradual e monitorada do comércio iniciada em 22 de abril. Também ressalta que aumentou a procura pelo serviço em virtude da reabertura dos atrativos turísticos, bem como da permissão para os hotéis receberem turistas, em 10 de junho.
A defasagem da frota em circulação em relação à demanda provoca aumento das filas e espera por transporte, “o que já vem ocorrendo e, ainda, infelizmente, causando notória aglomeração no transporte coletivo, o que pode colaborar com o aumento de contágio do covid-19, pois realisticamente não são respeitadas as distâncias dentro dos veículos”.
“Essa é uma demanda que chegou à entidade pelos empresários, que têm recebido inúmeras reclamações de seus colaboradores a respeito de aglomerações de pessoas dentro dos veículos por causa da frota reduzida e diminuição da frequência de ônibus, inclusive nas principais linhas”, revela o presidente da ACIFI, Faisal Ismail.
Indicadores
Assinado por Faisal Ismail e pelo presidente do Conselho Superior, Walter Venson, o documento relaciona ainda fatores econômicos para justificar o pedido de aumento da frota em circulação e ampliação dos horários do serviço. Entre eles a queda considerável no preço do óleo diesel utilizado pelas empresas do setor.
Por fim a entidade frisou que as empresas do Consócio Sorriso já reduziram cerca de cem colaboradores, gerando diminuição dos custos. “Desse modo, não existem óbices econômicos à ampliação da frota de veículos, sem necessidade de aumento no valor das tarifas aos usuários”, completa o ofício protocolado em 9 de junho e direcionado ao prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro.
A cidade encontra-se num nível controlado de contágio, argumenta o presidente da ACIFI. O cenário epidemiológico reforça a importância de a prefeitura fiscalizar as regras sanitárias de proteção à saúde no transporte coletivo e “não trabalhar para a redução de veículos e horários, porque isso sim pode gerar aglomeração e infecção entre pessoas”, conclui Faisal Ismail.