Comércio de Ciudad del Este perdeu 95% das vendas com a pandemia da Covid-19

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Foto: Miguel Avalos/ AHORACDE

O volume de vendas no centro comercial de Ciudad del Este é de aproximadamente 5% da média mensal de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) comercializada antes da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). O prejuízo neste ano já é superior a US$ 1 bilhão.

A estimativa é do presidente da Câmara de Comércio, Juan Vicente Ramirez, ao dimensionar o prejuízo do setor. A reabertura foi autorizada no final de maio, mas apenas para consumidores locais, uma vez que as fronteiras permanecem fechadas. 

O centro comercial de Ciudad del Este, um dos mais importantes do Paraguai, é formado por aproximadamente 4,7 mil estabelecimentos comerciais constituídos. Aproximadamente 60% permanece com as instalações físicas fechadas, índice que pode chegar a 80%, avalia Ramirez. “Tem shopping inteiro fechado, o Paris e o Del Este continuam totalmente fechados, uma tristeza”.

“Na verdade, é enorme o prejuízo que está dando esse fechamento de fronteira”, contou o dirigente classista. De acordo com ele, antes da pandemia, em março, o setor mantinha uma venda mensal de aproximadamente US$ 400 milhões. Hoje, “5% dessa venda conseguimos mandar para o interior do Paraguai. 5% dessa venda, o resto foi perdido”.

Na avaliação do presidente da Câmara de Comércio, o movimento financeiro praticamente esgotou a capacidade de consumo do Paraguai. “Não compensa para muitas empresas abrirem as portas dessa maneira”, analisa.

O alto índice de lojas ainda fechadas e o volume de vendas tão baixo reflete no índice de postos de trabalho fechados em Ciudad del Este. A estimativa é de 75% de aproximadamente 100 mil pessoas que buscavam a região central em busca de renda todos os dias.

“Sem contar hotéis que não estão habilitados ainda, somente funcionam aqueles para saúde, para fazer a quarentena, daí os que não entraram nesse modo não estão trabalhando”. Juan Ramirez lembrou ainda que os restaurantes começaram a trabalhar essa semana, “mas não tem movimento”.

Por: GDia

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