Paraná investe R$ 25 milhões em programa de combate à erosão urbana

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Programa do Governo do Estado em parceria com prefeituras alcança 71 municípios. Galerias de águas fluviais melhoram infraestrutura urbana e e reduzem focos de doença, como a dengue.

Um programa para combate à erosão urbana beneficia 71 municípios paranaenses. O Governo do Estado investe R$ 10 milhões e mais a contrapartida das prefeituras somam R$ 25 milhões em obras que melhoram infraestrutura dos municípios e garantem mais qualidade de vida para os seus moradores.

O programa estadual para combater a erosão urbana consiste na doação de tubos de concreto para instalação de galerias, construção e ampliação de emissários e bacias de contenção. Além dos ganhos na infraestrutura, o investimento representa avanços em saúde pública por eliminação dos vetores de proliferação da dengue e outras doenças incidentes nas águas paradas em galerias a céu aberto.

O apoio aos municípios acontece por meio de uma parceria entre o Instituto Água e Terra, vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, e prefeituras. O governo estadual fornece os tubos de concreto que variam de 40 centímetros a 2 metros de diâmetro e os municípios executam a obra.

Somente no ano passado, o Instituto Água e Terra (IAT) entregou cerca 40 quilômetros lineares de tubos de concreto. O investimento chegou a R$ 5,2 milhões com 28 convênios formalizados.

Até o final de 2020, a previsão é que sejam instalados mais de 70 quilômetros de galerias com mais convênios que estão em andamento. Nessas localidades, ruas e avenidas foram pavimentadas e os imóveis valorizados, graças a uma obra que não se vê.

“É um dos maiores programas de combate a erosão urbana do País”, diz o secretário do Desenvolvimento Urbano e do Turismo, Márcio Nunes “Estamos investindo na qualidade de vida da população, no resgate da cidadania e alavancando o desenvolvimento no Interior”, salienta.

Ele lembra que os prejuízos causados pela chuva forte que desce arrastando o que encontra pela frente, em cidades sem infraestrutura. Um problema, até então recorrente, que destrói propriedades e a qualidade de vida das famílias atingidas.

FIM DOS TRANSTORNOS – As galerias embaixo da terra acabaram com antigos alagamentos e vias esburacadas no perímetro urbano. Com a canalização, a água segue para os emissários sanando problemas antigos, também no campo. As bacias de contenção, em terrenos corroídos pela força da água, estão viabilizando o surgimento de parques urbanos em áreas de fundo de vale (Programa do Governo de Estado).

Segundo o presidente do Instituto Água e Terra, Everton Luiz da Costa Souza, a erosão é um dos maiores problemas ambientais enfrentados pelo Estado do Paraná. O Noroeste está entre as regiões mais impactadas, devido às propriedades do solo. Souza ressalta que as ações desenvolvidas para apoiar os municípios são muito importantes. Os desafios de combate a erosão são potencializados pela falta de infraestrutura periurbana.

“A erosão provoca perda do solo nas áreas de cultivo, grandes voçorocas e assoreamento de rios. É um desafio para o governo que está sendo vencido com projetos e materiais destinados a obras de contenção de cheias. Temos que combater isso, associado ao manejo correto de solo, para evitar perda na produtividade na lavoura e contribuir com o meio ambiente”, disse o presidente.

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