Apreensões da Alfândega da Receita Federal aumentaram 25% em Foz do Iguaçu e região Oeste do Paraná

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Foto: Divulgação

As apreensões de contrabando e descaminho realizadas pela Receita Federal do Brasil (RFB) em Foz do Iguaçu alcançaram o valor de R$ 169,3 milhões no primeiro semestre deste ano. O montante cresceu cerca de 25% em relação ao mesmo período de 2019, quando foram recolhidos R$ 127,7 milhões em produtos. 

Os valores englobam as apreensões realizadas em toda a área de jurisdição da alfândega, que se estende de Foz à Guaíra, e representam, além do intenso trabalho das equipes de fiscalização, a importância do combate aos crimes de fronteira, que aumentaram bastante nos últimos meses. 

De acordo com a RFB, os cigarros e produtos similares lideram o ranking do contrabando. Ao todo, foram retirados de circulação mais de R$ 82,8 milhões desse tipo de mercadoria importada de forma clandestina do Paraguai. O volume de apreensões cresceu 50% neste semestre e pode dobrar até o final do ano. 

Desde o fechamento da Ponte Internacional da Amizade, no início da pandemia da Covid-19, as equipes de fiscalização intensificaram as ações de repressão nas áreas próximas ao Lago de Itaipu e também em estradas rurais. Esses locais passaram a ser utilizados com mais frequência por criminosos para a passagem de ilícitos. Com o aumento das operações, as apreensões se tornaram mais frequentes. 

Além dos cigarros, os eletrônicos também ocupam lugar de destaque entre os produtos mais apreendidos em Foz e região. Deste tipo de mercadoria foram recolhidos cerca de R$ 31,7 milhões nos últimos seis meses. Os celulares são os itens preferidos dos contrabandistas, já que são mais fáceis de esconder e, em geral, possuem um alto valor de mercado. 

Na tentativa de driblar as forças de segurança, os criminosos utilizam-se das mais diversas artimanhas. Fundos falsos em portas, tanques de combustível e bancos de veículos são os locais mais usados para esconder os aparelhos. Pneus também são utilizados com frequência. 

Em maio, durante uma fiscalização na Ponte da Amizade, os fiscais da Receita apreenderam três caminhões com eletrônicos e outras mercadorias escondidas em fundos falsos no baú. O flagrante ocorreu por volta do meio-dia. Os motoristas sabiam que o escâner veicular estava desativado nesse horário, o que dificultaria a identificação dos compartimentos. A audácia não obteve êxito, mas surpreendeu as equipes. 

Graças aos trabalhos integrados de repressão, também houve um crescimento na apreensão de veículos, boa parte deles, retidos com contrabando ou produtos de descaminho. Esta categoria representa um total de R$ 11,2 milhões do montante total de apreensões no primeiro semestre de 2020. 

Por: GDia

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