Vereadora de Foz do Iguaçu pede a prorrogação de pagamentos de impostos municipais

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A vereadora Nanci Rafagnin Andreola protocolou a indicação 807/2020 pedindo ao prefeito Chico Brasileiro a prorrogação dos prazos para pagamentos de impostos municipais por mais quatro meses.

Nanci explicou que as atividades comerciais ainda não retornaram à sua normalidade e o empresariado ainda não tem condições de pagar seus impostos. “A pandemia do coronavírus está causando efeitos negativos no comércio e os empresários estão preocupados com a possibilidade da retomada da cobrança de impostos do município”, diz a vereadora.

Os vencimentos estão programados para 20 de agosto. “As empresas continuam em situação delicada e não poderão cumprir suas obrigações com fornecedores e funcionários. Por isso, pedimos para que o prazo seja estendido para 20 de dezembro”, escreve Nanci ao justificar sua proposta.

A indicação da vereadora deverá ser lida na próxima sessão da Câmara de Vereadores. A prorrogação do pagamento de impostos municipais foi decretada pelo prefeito Chico Brasileiro em 4 de julho. A prorrogação incluiu o pagamento de IPTU, ISS e ITBI, além de taxas, tributos e autos de infração.

Caos social

A situação dos estabelecimentos comerciais em Foz do Iguaçu é muito grave, notadamente no setor de turismo. O presidente do Sindhotéis, Neuso Rafagnin disse que a cidade de Foz do Iguaçu foi a mais impactada pela perda de vagas com carteira assinada com saldo negativo de 5.691 postos de trabalho e 18 mil trabalhadores com redução de salário e jornada de trabalho.

“Considerando o movimento praticamente zero do turismo, as fronteiras fechadas e o comércio desaquecido, qual será o destino dessa legião laboral após o período temporário de proteção de emprego? Falidas, as empresas não terão outra alternativa a não ser demitir em massa”, frisa o dirigente sindical em documento publicado na semana passada.

O documento frisa que, “além dos funcionários com carteira assinada, o turismo tem um universo de trabalhadores como autônomos, profissionais liberais e MEIs, como guias de turismo, transportadores e motoristas, além daqueles que vivem de freelas para hotelaria e gastronomia. Com os atrativos turísticos fechados e sem movimento de turistas na cidade, essa é outra categoria diretamente afetada pela pandemia”.
 
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Já um levantamento realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (documento em anexo), traçou um retrato da atual realidade econômica e social da cidade paranaense mais afetada pela pandemia. O levantamento mostra que 23.761 vagas foram impactadas diretamente pela crise econômica, o que equivale a 39,6% da capacidade de empregabilidade do município. Quatro de cada dez vagas formais foram atingidas de alguma forma.

O documento revela ainda que Foz do Iguaçu registrou aumento de 28% no número de encerramento de empresas entre os meses de janeiro a maio de 2020. A cidade também teve o menor número de constituição de novos empreendimentos.

Por: GDia

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