Transporte terrestre é o ‘caminho’ para retomada do turismo de Foz do Iguaçu

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Foto: Roger Meireles

O transporte terrestre será fundamental na retomada das atividades turísticas de Foz do Iguaçu. A constatação é de um estudo da Divisão de Estatísticas e Estudos Turísticos da Secretaria de Turismo, que comparou a movimentação rodoviária no atual momento, com a pandemia do H1N1 de 2009 a 2010. Os dados mostram a persistência do setor e uma leve recuperação nos últimos meses.

A análise constatou uma queda sensível no número de visitantes desde a chegada da Covid-19, em meados de março e aponta caminhos para a recuperação turística pós-pandemia. O transporte terrestre (carro+ônibus) se torna a melhor alternativa para garantir a movimentação de turistas no Destino Iguaçu.

Na comparação, os técnicos utilizaram como dados principais as taxas de variação no desembarque da rodoviária e do aeroporto, e de visitação do Parque Nacional do Iguaçu, em relação ao mesmo período no ano anterior. O impacto da H1N1 foi menos drástico e não exigiu o fechamento das atividades turísticas e escolares como a Covid-19.

Nos ares

No entanto, o período foi marcado pela crise mundial de 2008 e o apagão do setor aéreo de 2006. Nos três locais analisados, é possível observar uma queda no começo da pandemia do H1N1 em março de 2009, tendência que seguiu até agosto do mesmo ano, quando foram registrados os piores índices. 

No caso dos desembarques no aeroporto a queda só não foi maior porque o setor como um todo já não estava bem antes da pandemia, ficando mais nítido a partir dos dados da rodoviária e do parque nacional. 

A recuperação porém foi rápida e a variação passa a ser positiva a partir do final de 2009 e no início de 2010, culminando nos maiores índices com o fim da pandemia em agosto de 2010 e seguida de estabilidade, demonstrando volta a normalidade do setor.

Isolamento

Em 2020, o novo Coronavírus provocou uma queda muito maior nos números avaliados pelo estudo, principalmente da necessidade de políticas de isolamento social que obrigou ao parque nacional, por exemplo, a fechar por dois meses. 

Porém, diferente da H1N1, os índices mais baixos foram registrados justamente no período que o vírus chegou ao país, março e abril deste ano, e a partir de então uma lenta recuperação vêm sendo observada.

Carro

A partir da reabertura das Cataratas, ao comparar os dados da rodoviária e aeroporto com o número de visitantes do parque nacional foi possível perceber que muitos turistas passaram a utilizar o carro como meio de transporte. A opção elimina algumas das possibilidades de contaminação, que pode ocorrer em ônibus e aviões.

Os dados de 2019 do Parque Nacional apontam que mais da metade dos visitantes é brasileiro de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, o que torna a viagem de carro bastante viável.  Um estudo do Ministério do Turismo em 2018 revela que a via terrestre (ônibus + carro) representou 74,1% destas chegadas. 

O reforço dos protocolos sanitários, a reabertura da Ponte da Amizade, o estímulo do uso de carro como meio para viajar, e a experiência da pandemia do H1N1 que levou cerca de oito meses, antes mesmo do fim da doença, podem ser elementos fundamentais para uma recuperação antes do esperado.

Por: GDia

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