Hotéis dos Parques Nacionais do Iguaçu e Iguazú estão sob nova administração

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Gestão do Hotel das Cataratas, assim como do Copacabana Palace, passam ao estilo super-luxo da grife “Louis Vuitton”

A notícia surpreendeu e agradou os principais personagens do trade turístico de Foz do Iguaçu e da Tríplice Fronteira, onde se encontram Brasil, Paraguai e Argentina. Os dois hotéis instalados dentro dos Parques Nacionais do Iguaçu e Iguazú estão sob nova administração, o que representa boas perspectivas de investimentos. A unidade de conservação deverá registrar, em 2018, novos recordes de visitação em ambos os lados da fronteira. As informações são de Ronildo Pimentel, no Gazeta Diário.

Pelo lado brasileiro do Parque Iguaçu, bem próximo as famosas Cataratas do Iguaçu, está o Hotel das Cataratas, que passará, nos próximos meses, ao estilo Louis Vuitton. Já na parte argentina da unidade de conservação, o hotel com vista para o conjunto de quedas, já está sob gestão do grupo espanhol Gran Meliá, desde a inauguração na última semana, em solenidade que contou com a presença do presidente Maurício Macri.

“Se faltava alguma coisa para Foz do Iguaçu atrair o turismo de luxo, agora provavelmente vai ficar completo”, anotou o jornalista Cláudio Dalla Benetta, em seu blog Não Viu?, ao comentar que o empresário Bernard Arnault, que controla marcas de alto luxo como Louis Vuitton, Veuve Clicquot, Moët & Chandon e Fendi, acaba de comprar a rede de hotéis Belmond, por US$ 3,2 bilhões.

Além do Hotel das Cataratas, a rede Belmond (marca de hotéis do grupo Orient Express) administra no Brasil o mundialmente conhecido Copacabana Palace, símbolo do turismo do Rio de Janeiro.

“Os ganhos para o destino serão enormes”, declarou ao blog o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla. “Entraremos de vez no circuito mundial do turismo de luxo”, completa o secretário. Que se auto-corrige: “Mercado super-luxo”.

O hotel
Quando a rede Orient Express venceu a licitação, em 2007, para operar o antigo Hotel das Cataratas, que antes pertencia à rede Tropical (da Varig), já foi um salto de qualidade impressionante. Benetta lembra que o jornalista Ricardo Freire, que colabora com o suplemento Viagem & Aventura do jornal O Estado de S. Paulo, diz que os novos donos fizeram “um belíssimo trabalho”, recuperando um hotel que estava em vias de ser fechado.

Ele se hospedou no hotel em 2015, dez anos depois de sua primeira hospedagem, que não lhe causou boa impressão. O hotel, naquela época, usava espreguiçadeiras de plástico na churrasqueira, cortinas de plástico no banheiro, colchões antigos e ar condicionado barulhento.

Mas tinha seu charme, pela vizinhança com as Cataratas, e pelo serviço “atencioso e simpático”. Em 2015, era “outro hotel”, já voltado para o turismo de luxo, mas não “um luxo desmedido”. E sim, “elegante na medida”, disse então Ricardo Freire.

Antes de assumir os hotéis no Brasil, a compra do grupo bilionário tem de passar pela aprovação de acionistas e agências reguladoras, o que deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2019. Até lá, o hoje Belmond Hotel das Cataratas, junto com o Copacabana Palace, vai ganhar um espaço especial na mídia de turismo, o que é ótimo.

6 estrelas
Se a notícia da chegada de uma grande marca para assumir o Hotel das Cataratas já agradou o trade turístico da região, do lado argentino, a boa notícia foi a inauguração, na última semana, do Gran Meliá, no Parque Nacional Iguazú. O estabelecimento de hospedagem opera agora na categoria 6 estrelas.

Para marcar a data, nada melhor que o presidente do país, Maurício Macri, para a inauguração, que aconteceu na quarta-feira (12). “O hotel, com vista para as Cataratas do Iguaçu possui seis estrelas, o único da região”, anotou o portal da Rádio Cultura.

Na visita à fronteira, Macri anunciou investimentos de infraestrutura, como uma rede de internet wifi dentro do parque. O Gran Meliá Iguazú conta com 169 quartos. A reforma do prédio e as instalações foram pensadas na linha dos novos requisitos da marca, voltada a sustentabilidade e contato com a natureza.

A rede Meliá pertence ao empresário árabe Alí Albwardy, dos Emirados Árabes Unidos, que comprou a rede Sheranton. A rede Meliá já possui mais de 30 hotéis de luxo, alguns deles na Zanzibar, Tanzânia e Ilhas Seychelle. Na Argentina, o grupo já tem uma unidade em Buenos Aires.

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