A 8ª Turma do TRF-4, o tribunal da Lava Jato na segunda instância, absolveu esta semana por falta de provas o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira e o presidente da empreiteira Construcap, Roberto Capobianco. A corte livrou ambos de condenações de Sérgio Moro de 9 e 12 anos de prisão, respectivamente. Em recente decisão, no entanto, o colegiado manteve todas as decisões do ex-Juiz da Lava Jato, lembram movimentos contra a corrupão.
O petista e o empreiteiro foram condenados por Moro com base em investigações que revelaram pagamento de R$ 39 milhões de propina. A dinheirama teria sido paga entre 2007 e 2012 para que um consórcio formado pela Construcap e outras ficasse com o contrato na Petrobras para a construção do centro de pesquisas Cenpes, no Rio de Janeiro.
O entendimento do TRF-4 não tirou o brilho da atuação do ex-Juiz da Lava Jato, que revelou o maior escândalo de corrupção da história do país. A avaliação é de lideranças do Movimento Brasil Livre de Curitiba, Curitiba Contra a Corrupção, Cidadão Democrático de Direito, Movimento Patriotas do Brasil, que no final de julho promoveram manifesto em defesa da Lava Jato em Curitiba.
O colegiado manteve recentemente outras condenações de Moro no processo – Genésio Schiavinato Júnior (da Construbase), Agenor Franklin Magalhães Medeiros e José Adelmário Pinheiro Filho (da OAS), Ricardo Pernambuco Backheuser (da Carioca Engenharia), José Antônio Marsílio Schwarz e Edson Freire Coutinho (da Schahin), os operadores e lobistas Adir Assad, Rodrigo Morales e Roberto Trombeta e o ex-vereador do PT, Alexandre Romano.
“Os movimentos de apoio ao Moro estão atentos e decisões isoladas não vão tirar o brilho dele”, dizem as lideranças que organizaram ato em apoio ao ex-Juiz da Lava Jato. Os grupos não descartam novas mobilizações em defesa do legado de Sérgio Moro.