Ronildo Pimentel – Cabeza News
O futuro ministro da Cidadania, Osmar Terra, desmentiu agora pouco a notícia de que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro estuda um projeto para impor, a partir de 1º de janeiro, limites para venda de bebidas alcoólicas em determinadas áreas e regiões do país.
“Falamos com o ministro Terra e ele desmentiu o conteúdo da notícia, disse que foi maldade do jornalista com o novo governo e disse que as prioridades são outras”, informou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar-PR) e SindiAbrabar, Fábio Aguayo.
A informação desmentida por Terra, que é deputado federal pelo MDB do Rio Grande do Sul, ganhou destaque em O Globo desta sexta-feira (21), em reportagem de Robson Bonin e Pedro Henrique Gomes.
Segundo o texto, o deputado “defende impor novas regras para consumo de álcool, especialmente em áreas violentas”, afirmaram os jornalistas.
Além da Cidadania, a pasta a ser gerida por Osmar Terra vai controlar a Cultura, o Esporte e o Desenvolvimento Social.
Prevenção e orientação
Em conversa com o blog, Aguayo informou que a Abrabar tem o seguinte posicionamento sobre o projeto abordado pelo jornal. “Acreditamos que existem outras prioridades do governo Bolsonaro, do que se preocupar com nossa categoria”, disse.
“Nós estamos gerando empregos, tributos e renda”, ressaltou. Concordamos em um ponto, onde tem áreas violentas, com mapeamento geográfico de violência, tem sim que se fazer um trabalho preventivo”, concordou o presidente da Abrabar.
De acordo com Aguayo, a categoria tem uma sugestão que está sendo levada ao governador eleito Ratinho Junior. “Já fazemos, por iniciativa própria aqui no Paraná. Os locais que tenham atendimento externo, somente na rua, param de trabalhar a partir das 2h da manhã”, informou.
“Os locais que tem atendimento interno trabalham normalmente. Mas tem que se fazer um trabalho preventivo, educativo, botar o Estado em regiões que tenha violência e também em pólos turísticos, gastronômicos, também fazer um trabalho preventivo”, alertou Aguayo.
Que completou: “Não é só o problema da bebica alcoólica, o problema do Brasil é maior, são as drogas que dominaram todos os cantos e pontos das principais cidades e também dos rincões do nosso país”.
Foto: Antonio Scorza/Agência O Globo
