Geração de empregos é ponto central na retomada da economia, aponta estudo da Fundação Getúlio Vargas

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Foto: SEJUF

É o que aponta pesquisa desenvolvida por pesquisadores das universidades estaduais e da Fundação Getúlio Vargas. Trabalho também serviu para a elaboração da Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Um estudo desenvolvido por pesquisadores das universidades estaduais e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre a estrutura produtiva do Paraná e seus setores prioritários destacou que a geração de empregos deve ser uma das principais preocupações no processo de retomada econômica.

A pesquisa, que contou com a participação de professores das Universidades Estaduais de Londrina (UEL), do Paraná (Unespar), do Norte do Paraná (UENP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também serviu como base para a elaboração da Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, proposta pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

A política prevê investimentos em quatro eixos estratégicos: Universidade – Empresa; Inovação para Micro e Pequenas Empresas (MPEs); Universidade 5.0 e Desenvolvimento Regional Focado em Inovação.

“O conjunto de ações proposto pela Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para potencializar a retomada econômica no Paraná, tem como base diagnósticos que foram desenvolvidos por pesquisadores das universidades estaduais”, explica o superintendente, Aldo Bona. “As pesquisas foram fundamentais para compreender de que maneira as nossas instituições podem contribuir com a retomada rápida do setor produtivo em diferentes setores da sociedade”, destaca ele.

Cadeia produtiva

O estudo utilizou o instrumento de análise chamado de matriz insumo-produto. A ferramenta é capaz de mapear a estrutura produtiva de diferentes setores que existem no Estado, correlacionando com o Brasil e com outros países.

“A matriz oferece uma base de dados que ajuda a compreender a complexidade econômica do Paraná. É possível identificar qual a demanda por matéria-prima de um determinado setor/empresa e quanto de matéria-prima está sendo comprada fora do Estado, fazendo com que os empregos sejam gerados em outras regiões”, destacou o professor da UENP e coautor da pesquisa, Paulo Rogério Alves Brene.

O estudo considerou as características de geração de produção, emprego, rendimento, empresas e de emissão de dióxido de carbono como setores-chave para elencar as principais áreas produtivas.

Setores

Os resultados apontam que os setores com mais capacidade de geração de empregos diretos e indiretos são: vestuário, couro e calçados; veículos de transporte não automotores; comércio; alojamento; saúde; alimentação; desenvolvimento de sistemas e serviços de informação; serviços de arquitetura e engenharia; atividades de vigilância e segurança; atividades administrativas e organizações associativas. “Os setores de vestuário, comércio, alojamento e alimentação necessitam de auxílio para recuperação e aumento do número de empregos formais, pois estão entre os que mais sofreram com a pandemia do novo coronavírus. Esses setores também possuem, historicamente, um papel central no desenvolvimento do Paraná”, destacou Brene.

Segundo o boletim conjuntural elaborado pelas secretarias da Fazenda e do Planejamento e Projetos, os setores que apresentaram quedas nas vendas no mês de agosto foram restaurantes e lanchonetes (-40%), calçados (-25%), vestuário e acessórios (-16%) e veículos novos (-10%). Os percentuais de queda foram os mais baixos desde março, o que demonstra uma reação dos setores.

Novas tecnologias

O estudo aponta que setores como a educação dependem das novas tecnologias para executar as atividades remotas. “O estímulo à atividade produtiva também pode acontecer por meio da inovação tecnológica e do surgimento de novas soluções digitais. A pandemia acelerou uma tendência de mercado do consumo de produtos online”, ressaltou Brene.

Um exemplo de solução tecnológica desenvolvida pelo Governo do Estado é a plataforma Aula Paraná. Uma pesquisa do Datafolha, publicada no mês de agosto, classificou o aplicativo entre as melhores soluções de aulas durante o período de pandemia, comprovando também os dados apontados pelo Business Intelligence, sistema próprio de monitoramento da plataforma, que indicam uma alta adesão dos alunos e professores do Estado.

O sistema conta com três canais digitais de tevê aberta, aplicativo de celular com internet gratuita, canal Aula Paraná no Youtube, salas virtuais do Google Classroom e materiais impressos. Esse conjunto fez com que o acesso às aulas remotas seja amplo.

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