A partir de 2021, Foz do Iguaçu terá uma “Prefeitura 4.0, totalmente digital”. A informação é do advogado Cassio Lobato, candidato a prefeito pela coligação “Endireita Foz” (Patriota e PV), quarto na série de entrevistas da Rádio Cultura na sexta-feira (25). Em quatro anos, pretende reduzir dois terços do quadro de servidores, que poderão trabalhar remotamente (em casa).
Lobato disse que sua campanha é por convicção. “Sou conservador nos costumes e um liberal na economia. Faz parte da minha convicção. Defendo com unhas e dentes nesse sentido”, disse. O candidato disse não tem problema que outros postulantes no pleito de 15 de novembro, sem posicionem nesta linha. “Me posiciono também, é o direito de cada um, vivemos em uma democracia”, frisou.
Transformar a Prefeitura em 4.0 é um dos itens da reforma administrativa que será encaminhada numa virtual administração. “Nós temos a expectativa de reduzir, em quatro anos, 1/3 dos funcionários e uma boa parte dos que vão ficar, vão poder trabalhar de casa. (Será) tudo digitalizado”, ressaltou.
De acordo com ele, a pandemia ensinou muito. “Isso pode ser feito na administração pública, digo burocrática. Quanto nas escolas, uma parte de período da escola em casa, outra parte presencial”, adiantou.
Lobato informou que a reforma vai levar em conta a experiência de Ricardo Albuquerque, candidato a vice-prefeito e que integra os quadros de servidores do município. A iniciativa terá apoio de “outros profissionais, que estão nos assessorando – economistas, administradores, advogados, engenheiros”.
“É uma ampla reforma administrativa. Não podemos conviver com o que está acontecendo”, afirmou. O candidato lembrou que Foz arrecadou, nos últimos 16 anos, R$ 15,5 bilhões e 96% do montante foi para folha de pagamento e custeio da máquina pública. “Temos apenas 4% da arrecadação para investimento”, contabilizou.
Contexto
Lobato disse que sua família chegou em Foz do Iguaçu em 1950. “Nasci em 1968. Nesse período de 1974 à 2000, vivenciei aqui um ‘bum’ de desenvolvimento, enquanto o Brasil vivia hiper inflação, desemprego, crime e tudo mais, a cidade vivia ao contrário. Tínhamos muita gente do Brasil inteiro vindo para cá, a Itaipu, a exportação pujante …”.
“Tivemos assim um momento muito importante nesse período”, ressaltou. O candidato lembra que viu a cidade entrar em uma certa estagnação. “Passava os anos, entra ano e sai ano, você começa a fazer observações, porque aqui não tem barracão de uma indústria como Santa Terezinha tem? Porque instalou a Lar em Medianeira?”.
“São dois momentos, um de explosão de desenvolvimento e outro, de 2000 para cá ou 2005, para cá, de estagnação”, avaliou. Lobato afirma que, por ser iguaçuense, ele e sua família são os maiores interessados que a cidade “naturalmente vá para frente” e por isto decidiu colocar o nome para ser candidato a prefeito.
Análise
O candidato contou que, a partir destes cenários, fez um diagnóstico comparativo com Cascavel. “Estabelecemos esse parâmetro. Veja bem, em 2005 Cascavel tinha 278 mil habitantes, Foz do Iguaçu tinha 301 mil habitantes. Hoje temos 250 mil habitantes aproximadamente, números aproximados e Cascavel está com 330 mil habitantes”.
Em 15 anos, afirmou Lobato, Foz do Iguaçu teve um êxodo de 50 mil pessoas que foram embora. “Isso é resultado do que? Falta de gestão, oportunidade para essas pessoas”.
Por: GDia