A Prefeitura prorrogou até esta sexta-feira (06) o prazo para as empresas do transporte coletivo de Foz do Iguaçu retomarem todas as linhas que foram suspensas em meados de março deste ano, junto com as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus (Covid-19). O governo municipal poderá intervir ou rescindir o contrato com o consórcio responsável pelo serviço.
O transporte coletivo de Foz do Iguaçu ficou parado do dia 20 de março até 22 de abril, quando terminou a quarentena do Coronavírus. Desde esta data, até a primeira metade de agosto, o serviço foi oferecido com metade de sua capacidade. O número de linhas foi autorizado pelo município nesta época, em função do aumento de 12% na demanda de passageiros.
Desde então, o Instituto de Transporte e Trânsito (Foztrans) tem cobrado o aumento no número de ônibus e a retomada das linhas que estão paralisadas. Na última terça-feira (03), o diretor-superintendente do órgão, Fernando Maraninchi, encaminhou ofício ao Consórcio Sorriso, responsável pela gestão do serviço, informando que poderia intervir ou rescindir o contrato, caso os apelos não fosse atendidos.
“Tendo em vista o Expediente 211 recebido na data de hoje (terça-feira, 03), vimos por meio deste determinar que no prazo de 48 horas retorne a normalidade o número de linhas e ônibus, tal qual antes da pandemia”, informou Maraninchi, no documento a Hélio Camilo Marra Junior, do Consórcio Sorriso.
No ofício, o superintendente do Foztrans determinou ainda o retorno dos “postos de trabalho dos cobradores e demais colaboradores no Terminal de Transporte Urbano sob pena de intervenção e/ou rescisão contratual”, completou. O prazo estipulado pelo órgão, de 48 horas, terminou ontem (05).
Providências
As empresas não se manifestaram durante a manhã, o que levou o prefeito em exercício Nilton Bobato e Maraninchi convocarem a imprensa para informar sobre a intervenção do município no transporte coletivo. A medida, de acordo com nota da Prefeitura, “se faz necessária para garantir o transporte de qualidade a população”.
A princípio, a intervenção municipal (a Prefeitura assume a frota e administra a operação do serviço), seria por um prazo de 180 dias (seis meses). A iniciativa, ainda segundo a nota da Prefeitura, é um decisão “em vista que o Consórcio se recusou a colocar 100% da frota nas ruas, o que vem acarretando transtornos aos usuários”, ressalta.
Por: GDia