Contrabando: no mês de reabertura da fronteira, apreensões de produtos caem 72%

WhatsApp
Facebook

Dados de apreensões contabilizadas pela Receita Federal no mês de outubro, das Delegacias de Foz do Iguaçu e Guaíra, mostram queda de 72% nas apreensões de produtos contrabandeados em relação ao mesmo mês do ano passado. A queda coincide com o período de reabertura das fronteiras com o Paraguai, no dia 15 de outubro.

Em valores, as apreensões do mês passado somaram US$ 3.121.682,86, contra 11.295.501,91 registradas em outubro de 2019.

No comparativo mensal, todos os itens tiveram quedas significativas. Os maiores percentuais foram: brinquedos (queda de 92%), óculos (queda de 90%) e mídia ótica gravada – CDs e DVDs – (queda de 90%). Já as menores variações foram de: medicamentos (queda de 30%), relógios (queda de 46%) e telefones (queda de 50%).

De acordo com a Receita Federal, a queda pode estar ligada ao alto valor do dólar, que pode ter inibido o contrabando de alguns produtos, uma vez que, em outubro, a cotação da moeda chegou a R$ 5,77. No ano, a maior cotação é de maio, quando bateu R$ 5,93.

Acumulado do ano

No acumulado anual, a queda é de 3%, puxada pelo resultado de outubro. Nos dez meses de 2019, o valor total apreendido foi de US$ 87.994.112,02, enquanto, neste ano, soma US$ 85.662.509,13.

Em julho, o Jornal O Paraná divulgou balanço semestral de apreensões. Nos primeiros seis meses do ano, os produtos ilegais recolhidos somavam 32% a mais que no mesmo período de 2019.

Na época, o delegado da Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu, Paulo Bini, havia dito que o aumento estava ligado a um crescimento do crime, mas também a uma maior possibilidade de fiscalização que os agentes de segurança tiveram desde o início da pandemia com o fechamento da Ponte da Amizade em março, uma vez que, com menor trânsito de turistas, a possibilidade de controle e fiscalização de veículos e cargas era maior.

Destaques

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, houve aumento de 22% no valor apreendido em cigarros, 72% no valor apreendido em medicamentos e de 6% em veículos.

Mais notícias

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *