A Alfândega da Receita Federal destruiu, na última quarta-feira (11), mais um lote de aparelhos receptores de TV piratas apreendidos na região de Foz do Iguaçu, que abriga uma das principais rotas dos contrabandistas. O volume de apreensões de produtos e mercadorias contrabandeadas na região, teve uma redução de 72% no mês de outubro, que coincide com a reabertura da fronteira do Brasil com o Paraguai.
Com a nova ação da Receita Federal, aproximadamente 160 mil aparelhos deste tipo já foram destruídos desde 2016. A presença destes equipamentos nos lares brasileiros, segundo estimativas da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), causa um prejuízo de R$ 9,5 bilhões por ano a indústria audiovisual – R$ 1 bilhão em impostos que deixam de ser arrecadados.
De acordo com balanço de apreensões contabilizadas pela RF em outubro, das Delegacias de Foz do Iguaçu e Guaíra, mostram queda de 72% nas apreensões de produtos contrabandeados, no comparativo do mesmo mês do ano passado. A queda, informa o jornal O Paraná, coincide com o período de reabertura das fronteiras com o Paraguai, no dia 15 de outubro.
Em valores aproximados, as apreensões do mês passado somaram US$ 3.121.682,86, contra US$ 11.295.501,91 registradas em outubro de 2019. No comparativo mensal, todos os itens tiveram quedas significativas, informa o jornal O Paraná, que teve acesso ao balanço do período.
Os maiores percentuais foram: brinquedos (queda de 92%), óculos (queda de 90%) e mídia ótica gravada – CDs e DVDs – (queda de 90%). Já as menores variações foram de: medicamentos (queda de 30%), relógios (queda de 46%) e telefones (queda de 50%).
De acordo com a Receita Federal, a queda pode estar ligada ao alto valor do dólar, que pode ter inibido o contrabando de alguns produtos, uma vez que, em outubro, a cotação da moeda chegou a R$ 5,77. No ano, a maior cotação é de maio, quando bateu R$ 5,93.
Por: GDia