O Exército do Povo Paraguaio (EPP), grupo criminoso que age na região norte do país, iniciou uma série de ameaças e escaramuças depois que as forças de segurança do governo mataram três de seus integrantes.
As ações da Força Tarefa Comum (FTC) foram intensificadas depois que o EPP sequestrou o fazendeiro e ex-presidente do Paraguai, Oscar Denis, que ainda encontra-se em poder dos sequestradores. A FTC é formada pelo Exército, Polícia Nacional e outras forças policiais do país vizinho.
Os três guerrilheiros abatidos durante confronto são Lucio Silva, Esteban Martin Lopez e Rodrigo Arguello. O chefe da Polícia Nacional, Nimio Cardozo, disse que os três são “peças chaves” do grupo, especialmente Lucio Silva, que seria um dos chefes.
“Lucio Silva fazia treinamento dos criminosos e chegava a recrutar crianças e indígenas para lutar contra o governo. Em 1997 ele assaltou o Banco Nacional de Fomento e se tornou um mito entre os integrantes do grupo”, explicou Cardozo.
“Nós sabemos que o grupo não ficará de braços cruzados após essas três mortes. Eles vão intensificar suas ações após esse golpe recebido”, acrescentou o chefe da Polícia Nacional.
De fato, algumas ações praticadas nos últimos dias possuem as “digitais” do EPP. Veículos e máquinas agrícolas foram incendiadas na região de Amambai, agricultores foram ameaçados e lideranças temem novos sequestros.
Brutalidade
Em extensa reportagem publicada nesta terça (24) o jornal Última Hora destacou algumas das brutalidades praticadas nos últimos anos pelo EPP. De acordo com o periódico, o grupo age “com extrema crueldade” para se impor e espalhar medo na região.
Ainda este mês, o EPP teria morto o trabalhador rural Danile Benitez Acosta, de 51 anos. Seu corpo foi encontrado em um descampado próximo a estância onde trabalhava. “Ele morreu de forma cruel, com golpes na cabeça”, informou o Última Hora.
Por: GDia