Ponte Tancredo Neves: proposta de protocolo sanitário será entregue a autoridades da Argentina

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Ponte Internacional Tancredo Neves está fechada desde março, devido à pandemia (Foto: DNIT)

Em reunião do Conselho de Desenvolvimento Trinacional (Codetri), nessa quarta-feira, 25, representantes da sociedade civil organizada das Três Fronteiras – Argentina, Brasil e Paraguai – concluíram a proposta de protocolo de segurança sanitária para a Ponte Internacional Tancredo Neves. A via está fechada desde março, devido à pandemia.  

O documento será encaminhado oficialmente ao governo estadual de Misiones – província da qual faz parte a cidade de Puerto Iguazú – e à Embaixada da Argentina no Brasil. Após a análise, esse regramento será concluído conjuntamente entre o poder público e a sociedade civil. 

O protocolo foi elaborado pelo Codespi, Codefoz e Codeleste, que são os conselhos de desenvolvimento de Puerto Iguazú, Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. A Câmara de Comércio, Indústria e Comércio Exterior (CCI) e a Câmara de Turismo, da cidade argentina vizinha, também assinam a proposta. 

Estão previstas medidas sanitárias para turistas e moradores da região trinacional durante o acesso à ponte, quando a via for reaberta. O protocolo sugere duas etapas para a retomada da circulação, com regras e exigências distintas em cada fase, submetidas ao controle e monitoramento das autoridades em saúde da Argentina e Brasil. 

“É uma proposta que estamos apresentando ao governo do nosso país, para debate e avaliação”, frisa Pablo Bauzá, presidente do Codespi. “Fazemos parte de uma fronteira única, formada pelos três países e cidades da região. Estamos pensando principalmente nos moradores da região, que tem uma vida cotidiana compartilhada”, expõe.

No texto, o protocolo enfatiza que a meta é fazer uma abertura segura e controlada da Ponte Tancredo Neves. “O objetivo é impulsionar toda a cadeia de serviços, incluindo hotéis, agências de turismo, táxis, remises, guias, atrativos, comércio, gastronomia e serviços em geral.”

Três Fronteiras 

De acordo com o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz), Mario Camargo, as instituições que atuam nas Três Fronteiras trabalham em parceria. A intenção é restabelecer o fluxo fronteiriço, intercambiando experiências e definindo normas sanitárias seguras. 

“Com mais de oito meses, o fechamento da Ponte Tancredo Neves provoca efeitos econômicos e sociais gravíssimos”, reflete Mario. “Quem mais sofre somos nós, moradores da fronteira. Por isso, entendemos que juntos podemos estabelecer medidas responsáveis e seguras para retomarmos a conexão entre as três cidades vizinhas”, pondera. 

Por: GDia

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