Hotéis de Foz do Iguaçu projetam ocupação média de 42% para Natal e 54% no Reveillon 2020

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(Foto: Kiko Sierich / Arquivo)

Os efeitos da crise provocada pela pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) vão refletir na ocupação da rede hoteleira nas festas de final de ano em Foz do Iguaçu. De acordo com estimativa do Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares (Sindihotéis), 42,2% dos leitos disponíveis estarão vendidos no Natal e 54,3% no Reveillon 2020. A entidade teme, no entanto, que os decretos restritivos do Governo do Estado possam prejudicar o desempenho.

Foz do Iguaçu possui um parque hoteleiro formado por aproximadamente 180 meios de hospedagem. Juntos eles oferecem aproximadamente 30 mil leitos distribuídos entre hotéis, pousadas, albergues e hostels. Em ambos os feriados, a ocupação será mais expressiva nos estabelecimentos com qualificação de cinco e quatro estrelas. 

Praticamente 100% das reservas estão sendo feitas por turistas brasileiros, revela o levantamento do Sindihotéis. A ocupação média para o feriado de Natal (25 de dezembro), está mais de 24 pontos abaixo da projeção realizada para o mesmo feriado em 2019 e anos anteriores. 

Em relação ao Reveillon, a ocupação média prevista para 2020 está acima de 32 pontos, no comparativo projetado para o feriado do último ano de 2019 e o dia primeiro deste ano. A diferença é muito semelhante ao confrontar os números projetados em 2020, em comparação aos levantamentos feitos pelo Sindihotéis em anos anteriores.

Resistência

O desempenho do setor hoteleiro e do turismo de Foz do Iguaçu, cuja projeção mostra um encolhimento de aproximadamente 25% no comparativo aos anos anteriores, pode ficar mais grave ainda. Isso se o Governo do Estado aumentar o rigor nos decretos restritivos, como estratégia de enfrentamento ao novo Coronavírus.

O setor de Foz do Iguaçu já registrou cancelamentos de estadias após o decreto estadual de toque de recolher das 23h às 05h e proibição de eventos, informou o presidente do Sindihotéis, Neuso Rafagnin, em entrevista à Rádio Cultura. Desde o dia 2 de dezembro, todas as cidades do Paraná estão com a normativa, que vai até o dia 16, podendo ser prorrogada. 

Desequilíbrio

A medida desestabilizou o setor turístico de Foz do Iguaçu, que espera receber milhares de turistas para as festas de fim de ano, ressaltou o presidente do Sindihotéis. Neuso disse que essa incerteza causou o cancelamento de reservas, especialmente para o Réveillon. 

“Nosso problema, nossa incerteza, é esse ‘lockdown’ que o governo do estado determinou e o prefeito acatou”. Ele adiantou, no entanto, que o setor poderá desobedecer o decreto caso seja prorrogado. 

“Vários colegas da gente, do Sindhoteis, comentam que se houver outro “lockdown” nós não vamos respeitar, vamos ter que enfrentar o governo e o município. Eles já tiveram tempo suficiente para acertar essa situação da pandemia (…) só estão protelando. Estamos vivendo um momento de incerteza”, afirmou.

De acordo com Neuso, representantes do Sindhoteis se reuniram com o prefeito de Foz do Iguaçu em exercício, Nilton Bobato, buscando apoio para que o decreto estadual seja redigido, excluindo o setor turístico e de eventos das proibições. “Precisamos de um consenso para continuar trabalhando”, concluiu.

Por: GDia

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