Paraguai estima possuir 600 casas de câmbio operando na informalidade

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Cerca de 600 casas de câmbio operam atualmente em condições informais em todo o país, juntamente com cerca de 7.000 corretores (cambistas) na mesma situação, segundo estimativas administradas pela Associação de Casas de Câmbio.

Rogelio Welko, presidente do sindicato, deu os números e garantiu à Ultima Hora que se trata de uma competição desleal para as empresas formais do setor, cada vez menos presentes no mercado local.

De acordo com a análise de Welko, o setor informal está se expandindo em coincidência com as maiores demandas que são estabelecidas por casas de câmbio legais. Nesse sentido, manifestou preocupação com o mesmo efeito da Resolução 248 da Secretaria de Prevenção à Lavagem de Dinheiro ou de Patrimônio (Seprelad), que atualmente afeta o mercado varejista.

“Temos a experiência de que, quando fechamos uma agência, ex-funcionários se dedicam discretamente a mudar, ficar com os clientes e se tornar doleiros”, explica. Somam-se a isso as casas de câmbio que operam fora do controle do Banco Central do Paraguai (BCP).

Para o chefe da Associação das Casas de Câmbio, as operações que não podem ser realizadas no regime formal – por conta das novas exigências estabelecidas pela Seprelad – vão direto para as ruas, onde figuras importantes podem ser deslocadas sem existem registros do movimento das moedas.

Welko garantiu que até o momento as autoridades não responderam aos pedidos feitos para discutir o que está estabelecido na Resolução 248 e lamentou que não possam ser abertos espaços de diálogo, apesar dos anúncios feitos por representantes de instituições estatais.

O referido regulamento incorporou novos aspectos de combate ao branqueamento de capitais aplicáveis ​​às casas de câmbio supervisionadas pela Superintendência de Bancos do BCP. Segundo os agentes econômicos, em função da emissão, passou a ser exigida documentação para a realização de operações por valores entre US $ 50 e US $ 100, por exemplo.

Diego Marcet, assessor jurídico da Seprelad, havia ressaltado que há confusão a esse respeito, pois a instituição não exige documentos no caso de clientes de baixo risco e com operações que não ultrapassem três salários mínimos, apenas informações sobre eles.


Matriz anunciada sobre ações

Há dias, José Cantero, presidente do BCP, anunciou que a matriz atuará para que as casas de câmbio informais deixem de operar no mercado local. “O Banco na época fez uma revisão em nível de país de todas as casas de câmbio informais, notificou-as de sua irregularidade e fez os processos necessários para que parassem de funcionar. Hoje estamos para iniciar uma segunda etapa com relação a essas instituições ”, explicou.

Fonte: Última Hora

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