Mais de 20 pessoas foram presas em 2020 por caça ilegal no Parque Nacional do Iguaçu

WhatsApp
Facebook
Foto: PM Ambiental

Vinte e sete pessoas foram presas em flagrante em 2020 pelo crime de caça ilegal nas dependências do Parque Nacional do Iguaçu (PNI), em Foz do Iguaçu e região. As prisões ocorreram durante operações deflagradas pela Polícia Ambiental em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

Durante todo o ano passado as equipes de segurança realizaram um total de 15 ações na unidade de conservação. Como resultado deste trabalho intensivo foram localizadas e destruídas 121 armadilhas de caça, entre elas cevas (feita com milho para atração e abate de animais silvestres), saleiros (que atrai animais como porco-do-mato, anta e veado) e jiraus (poleiro de madeira armado com cipós). 

Boa parte das armadilhas foi encontrada em acampamentos clandestinos. Foram 13 locais identificados e destruídos em 2020. A análise dos materiais recolhidos ajudará no direcionamento das próximas operações no PNI, tendo como base os pontos mais usados pelos criminosos.

“Nós programamos nossas operações de acordo com as estatísticas, então nós vamos analisar aquilo que foi apreendido e o georreferenciamento. Acreditamos que estamos no caminho certo, dessa forma, neste ano teremos resultados ainda melhores”, explicou o tenente da PM Ambiental, João Vitor Arnas. 

Mesmo com a pandemia, o trabalho da polícia não parou. Houve, inclusive, uma intensificação das atividades, que trouxe resultados positivos. Foi registrado um aumento nas apreensões de armas de fogo, por exemplo. No ano passado as equipes recolheram 11 armas de diversos calibres. Em 2019 foram apreendidos apenas seis artefatos do tipo. 

As pessoas presas em unidade de conservação com esse tipo de material respondem por crime contra o meio ambiente e também por porte, em grande parte das vezes, ilegal de arma de arma de fogo. “Os infratores, quando presos em flagrante, são encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal mais próxima, por se tratar de crime de competência da esfera federal. Além das multas e medidas cautelares aplicadas, os infratores respondem ainda na esfera civil e criminal pela conduta criminosa”, ressalta a PM Ambiental.

Desafios da fiscalização e prejuízos da caça ilegal 

O Parque Nacional do Iguaçu conta com mais de 185 mil hectares do lado brasileiro e abrange 14 municípios. Segundo a polícia, a grande extensão torna a fiscalização desafiadora. Uma das maiores dificuldades, por exemplo, é o fato de os caçadores não se intimidarem com a presença das equipes policiais.  

Para combater a prática da caça ilegal e da pesca predatória os militares apelam para os patrulhamentos a pé na mata e fazem uso da tecnologia, como mapeamento de áreas para facilitar a identificação dos pontos com maior incidência de crimes. “A Polícia Militar sempre investe no parque de tecnologia e de pesquisa. Tudo o que possa auxiliar em nosso trabalho é bem-vindo e recebe investimento”, destacou o tenente João Arnas.

Por: GDia

Mais notícias

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *