Só na construção civil e elaboração de projetos foram empregadas diretamente, desde 2020, 1.266 pessoas. Esse número deve aumentar já nos próximos dias. Apenas a Perimetral Leste deve abrir 500 vagas
Mais de dois mil trabalhadores entraram no ano de 2021 com a carteira assinada graças às oportunidades de emprego geradas pelas mais de 30 obras estruturantes, iniciativas e ações da margem brasileira da usina de Itaipu. Só na construção civil e elaboração de projetos estão empregadas diretamente 1.266 pessoas desde 2020, número que deve aumentar já nos próximos dias.
Hoje, mesmo antes do início da construção da Perimetral Leste, prevista para o mês de março, pelo menos 40 pessoas já estão envolvidas nos preparativos, incluindo o pessoal ligado ao projeto, à implantação de canteiro e à mobilização de equipe de obra, segundo Roger André Luttjohann, engenheiro residente do contrato da perimetral pelo Consórcio JL – Planaterra – Iguatemi.
No pico da construção, a expectativa do consórcio é gerar de 400 a 500 vagas diretas. São pedreiros, carpinteiros, eletricistas e operadores de máquinas que aguardam o processo de seleção para assegurar uma dessas vagas.
A obra, que receberá investimentos de R$ 140 milhões, ajudará a desviar o trânsito de cargas pesadas da área central e turística da cidade. A perimetral está prevista para ser entregue em meados de 2022. O novo acesso, com 15 quilômetros, fará a ligação entre a Ponte da Integração, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, e a rodovia BR-277.
No total, considerando a execução de todos os projetos nos próximos anos, a usina de Itaipu direcionou aportes de R$ 2,4 bilhões, incluindo novos contratos para modernização do setor elétrico brasileiro. “Nossa grande preocupação, hoje, é fazer as entregas prometidas, assegurando emprego para nossa gente”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
Uma das áreas menos afetadas pela pandemia do novo coronavírus foi a da construção civil. O desafio, na atualidade e também no pós-pandemia, será a retomada da economia em outras frentes, como comércio e serviços.
Empregos diretos
Só a segunda ponte internacional sobre o Rio Paraná emprega diretamente 373 pessoas; a ampliação da pista do Aeroporto Internacional de Foz, mais 400. Numa primeira etapa, a duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469) gerará 20 vagas diretas e as obras de acesso da BR-277 outras 40. Na duplicação do acesso do pátio de manobras do aeroporto foram abertas 100 vagas e, para a construção do Mercado Municipal, mais 20.
A ciclovia da Vila A emprega 12 trabalhadores e a ciclovia da Avenida Tancredo Neves, na segunda fase, mais 12. E mais: a nova sede da Fibra, na Vila A, gerou 20 empregos, enquanto a revitalização do Gramadão garante, atualmente, 12 vagas.
Em Guaíra, a revitalização do Centro Náutico abriu frentes de trabalho para 15 pessoas, enquanto na região Noroeste do Estado a implantação do trecho de 46,9 km da Rodovia BR-487 (a Estrada Boiadeira), obra em parceria com o governo estadual, criou outras 200 oportunidades de trabalho.
Volta ao mercado
Para alguns moradores de Foz do Iguaçu, as obras ofereceram a oportunidade para o retorno ao mercado de trabalho, após meses de desemprego. Foi o caso de dois profissionais que atuam nas ampliações do aeroporto: André Francisco de Assis, 39 anos, morador do bairro Remanso Grande, e Edvaldo Vieira de Souza Filho, 51 anos, residente no Morumbi.
André de Assis conta que estava sem trabalho havia oito meses até ser contratado em 2020. Há nove meses ele trabalha como greidista (profissional que atua com terraplanagem) para a Dalba Engenharia e Empreendimentos, no aeroporto. “É muito gratificante estar trabalhando agora porque o Brasil inteiro praticamente parou, no ano passado, e essa obra aqui não, teve continuidade, graças a Deus. Isso me ajudou bastante”. Outra satisfação, de acordo com Assis, é estar empregado em um empreendimento em sua própria cidade, e ligado à Itaipu.
Depois de seis meses sem emprego, o porteiro Edvaldo de Souza Filho também foi contratado no segundo semestre do ano passado para atuar na ampliação do terminal. “É uma oportunidade que tivemos, e precisamos sustentá-la. Com esse trabalho é que pago as contas de casa”, afirmou Souza Filho. No passado, ele chegou a atuar na construção do Parque Tecnológico de Itaipu, como porteiro. “Sinto muito orgulho disso”.
De forma indireta, Itaipu também ajudou a manter emprego em várias instituições de ajuda humanitária e abriu cerca de 800 vagas para o pessoal da área de saúde, para ajudar no combate à covid-19.