Importar produtos manufaturados oriundos do Paraguai tem se tornado mais atrativo do que importar produtos da China. Além das vantagens fiscais garantidas por acordos do Mercosul, o país vizinho oferece custo baixo de produção e frete com valor mais atrativo que em países asiáticos.
“Hoje, a melhor operação é com o Mercosul. Além de um custo final mais baixo, o tempo de entrega do Paraguai para o Brasil é bem menor, o que facilita na hora de suprirmos uma demanda, que se manteve aquecida”, explica Leandro Martins de Almeida, CEO e diretor de Operações da Matrix Importações.
As barreiras sanitárias e as restrições no transporte aéreo e marítimo por conta da crise do coronavírus fizeram com que os custos de frete da China para o Brasil disparassem em 2020, elevando também os preços dos produtos. De acordo com importadores e empresas de navegação, o custo da importação de um contêiner na rota China-Brasil saltou de US$ 2 mil para US$ 10 mil entre 2019 e 2020.
Além do baixo custo de frete e a isenção de quase 100% dos tributos, o baixo custo com mão de obra, energia elétrica e agilidade na entrega são fatores citados por importadores para dar preferência aos produtos manufaturados no Paraguai.
A Matrix concentrava 60% de seus pedidos em fornecedores da China e, com a pandemia, migrou as importações para o Paraguai, que hoje representa 80% dos pedidos. “Trazemos 20 mil carretas por mês, com um total de 140 mil tapetes, 400 mil cobertas e 200 mil jogos de lençóis, que são finalizados no Paraguai, beneficiados pela Lei Maquila”, explica Leonardo Martins de Almeida, diretor Financeiro, referindo-se à lei que dá isenção total de impostos paraguaios para produtos que tenham ao menos 40% de valor agregado no país, mesmo que partes dele venha de outros lugares.
Por: Monitor Mercantil