Deputados repudiam suspensão das provas do concurso da Polícia Civil do Paraná

WhatsApp
Facebook

Desde a manhã de domingo, diversos parlamentares se manifestaram pelas redes sociais e também durante a sessão plenária desta segunda-feira (22)

A suspensão das provas do concurso da Polícia Civil que seriam realizadas neste domingo (21) em Curitiba e cidades da Região Metropolitana causou a indignação dos candidatos participantes e de diversos deputados, que desde a notícia da não realização das provas, se manifestaram pelas redes sociais e também durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná desta segunda-feira (22).

A estranheza maior, foi o fato do Núcleo de Concursos da UFPR ter realizado o comunicado da suspensão na madrugada de domingo, horas antes do início das provas, alegando ausência de requisitos indispensáveis à segurança e saúde dos candidatos e colaboradores. Estavam inscritos mais de 100 mil candidatos, muitos deles vindos de outros estados do país.

O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), e o primeiro secretário, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), destacaram em seus perfis no Instagram a nota da Governo do Estado informando que irá abrir processo administrativo por quebra de contato contra o Núcleo de Concursos da UFPR. Além de indenização no limite da Lei Federal 8.666/93, o processo poderá acarretar também o impedimento do núcleo de contratar com o Governo do Estado do Paraná por dois anos. “É um desrespeito com todos os participantes do concurso, muitos vieram de outros estados, gastaram com passagem e hospedagem, além de abalar o psicológico após meses de preparação para essa prova que é crucial para reforçar a Polícia Civil do Paraná”, disse Traiano.

Cobranças – Os deputados Soldado Fruet (PROS) protocolou envio de expediente ao delegado geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach, pedindo explicações sobre o ocorrido e também as providências que serão tomadas em relação à suspensão das provas do concurso para as funções de delegado, investigador e papiloscopista.

“Muitos vieram de outros estados, gastaram tempo e dinheiro com transporte, alojamento e alimentação, mas foram surpreendidos com uma suspensão horas antes do exame, para o qual se prepararam por tanto tempo”, comentou o parlamentar. “Quem vai arcar com esses custos?”, questionou o deputado Soldado Fruet.

O deputado Do Carmo (PSL), juntamente com os deputados Requião Filho (MDB) e Rodrigo Estacho (PV) protocolaram pedido de informações ao secretário da Administração e Previdência, Marcel Micheletto, sobre a suspensão da prova e, principalmente, quais as providências que serão tomadas junto ao NC-UFPR para o ressarcimento dos prejuízos suportados pelos 106.332 candidatos inscritos. “Não vamos aceitar essa desorganização que prejudicou tantas pessoas passivamente’, completou Do Carmo.

Outro pedido de informações foi protocolado pelo deputado Arilson Chiorato (PT), também ao secretário de Administração e Previdência e ao secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, coronel Rômulo Marinho Soares, questionando o motivo de terem mantido as provas para o último domingo mesmo com a manifestação da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e Recomendações da DPE/PR e do MPT pelo adiamento da prova objetiva por “representar risco à segurança sanitária dos participantes e habitantes da Curitiba”?; Quais providências serão adotadas para apuração de responsabilidades pelos envolvidos na organização do concurso, diante da não fiscalização prévia e adoção das medidas sanitárias preventivas?; e Serão previstos ressarcimentos ou alguma medida indenizatória aos inscritos?

O deputado Hussein Bakri (PSD), líder do Governo na Assembleia Legislativa, reforçou o compromisso do Governo em aumentar e qualificar o efetivo de segurança no estado e lamentou a decisão tomada pelo NC-UFPR. “Fomos surpreendidos com a decisão da UFPR de suspender o concurso da Polícia Civil do Paraná, de forma unilateral, sem qualquer aviso prévio e a poucas horas do início da prova. Além de prejudicar a prestação do serviço da PC aos paranaenses, a medida é inaceitável na medida em que mais de 100 mil candidatos (muitos de fora do Estado) já estavam em Curitiba para participar do concurso. As medidas jurídicas e administrativas já estão sendo tomadas quanto a esse desrespeito e irresponsabilidade”.

Continue lendo em Assembleia Legislativa do Paraná

Mais notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *