Presidente do Visit Iguassu é contrário a qualquer espécie de lockdown em Foz do Iguaçu

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Na última sexta-feira (26), um Decreto Estadual mais restritivo por conta do avanço da pandemia, trouxe uma série de incertezas para o setor turístico de Foz do Iguaçu. No mesmo dia, entidades do setor de turismo e comércio, convidaram o prefeito Chico Brasileiro para um debate, intercedendo para que esses setores não sofressem novamente o abalo das primeiras restrições impostas. Para os empresários e representantes de entidades, as medidas restritivas seriam desproporcionais e trariam duras consequências a toda cadeia produtiva da cidade.

Em reunião online, o prefeito iguaçuense ouviu de representantes do Codefoz, Comtur, Sindhotéis, Visit Iguassu, ACIFI, além de entidades do paraguai, a necessidade de uma flexibilidade sobre as normativas do Estado.

Para Felipe Gonzalez, presidente do Visit Iguassu, “o posicionamento duro por parte Governo do Estado, colocou a cidade em pé de igualdade com locais de características totalmente distintas. Foz do Iguaçu é uma cidade de fronteira e com sua atividade baseada no turismo, o que a diferencia dos demais municípios do Paraná, um fechamento abrupto provoca uma sensação de insegurança para as Cias aéreas, operadoras de turismo e principalmente para o visitante, que de uma hora para outra passa a correr o risco de chegar no destino e encontrar hotéis e atrativos fechados”.

Em peso, setores cobraram um posicionamento mais claro do prefeito com relação a controle e fiscalização, mas afirmaram que as restrições são exageradas uma vez que a cidade vem se posicionando com exemplo de prevenção, com estabelecimentos comerciais, restaurantes, hotéis e atrativos cumprindo rigorosamente os protocolos sanitários.

“São mínimos os casos de visitantes que se contaminaram ou que trouxeram a contaminação para Foz do Iguaçu. Nosso setor turístico tem feito de tudo para que o turista tenha seu momento de lazer seguindo as orientações impostas, portanto, não é justo colocar o setor como vilão e novamente deixar em xeque o emprego de boa parte da população”, comenta Gonzalez.

O mesmo argumento foi apresentado por parte dos comerciantes, que pediram uma fiscalização mais ferrenha com relação a transporte coletivo, festas clandestinas e bares que não respeitam as normas de capacidade e distanciamento. Para os comerciários, num momento de baixo consumo, não é a frequência mínima em estabelecimentos que vem provocando a ampliação dos casos.

Paliativo

Durante a reunião da última sexta-feira, o prefeito compreendeu o setor e garantiu o não fechamento total do setor turístico e mais tarde lançou novo decreto que limitava em 30% a capacidade de atendimento em hotéis e atrativos.

Agora, de forma ainda mais incisiva, os dois principais setores produtivos de Foz do Iguaçu, querem garantias para que não ocorra um novo lockdown e que a administração municipal evite surpresas com imposições de última hora.

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