Bebianno x Bolsonaro A temperatura subiu entre os integrantes prateleira de cima do Governo Federal no final de semana. Desde que veio à tona o uso de recursos públicos para financiar candidaturas laranjas sob a gestão de Gustavo Bebianno, presidente nacional do PSL e é atual ministro da Secretaria-Geral da União. Um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, que é vereador do Rio de Janeiro, postou na internet um áudio desmentindo que Bebianno e o presidente teriam tido conversas na última semana sobre a situação.
Corda bamba Desde então, a fritura pública contou até com colaboração de Bolsonaro, que repercutiu a postagem do filho. Quando tudo parecia calmo, na sexta (15), eis que integrantes da família presidencial vazaram que o presidente havia demitido Bebianno.
Corda bamba II Na falta de uma conversa mais reservada entre os dois, o calor da fritura só aumentou no sábado e domingo. O desfecho deve ocorrer hoje (18), quando Bolsonaro deverá, enfim, confirmar a exoneração do auxiliar, que articulou sua filiação e candidatura nos últimos anos.
Poço de mágoa Sem ser recebido por Bolsonaro, Bebianno passou a reclamar aos amigos mais próximos. “Perdi a confiança no Jair. Tenho vergonha de ter acreditado nele. É uma pessoa louca, um perigo para o Brasil”, disse ele, segundo regustrou o colunista Lauro Jardim, em O Globo.
Mágoa II “O problema não é o pimpolho. O Jair é o problema. Ele usa o Carlos como instrumento. É assustador”, contou Bibianno a outro interlocutor.
Na rede A chegada dos primeiros voos com passageiros para visitar as Cataratas e a inauguração da Ponte da Amizade, que une Brasil ao Paraguai, são destaque em reportagem em vídeo de Foz do Iguaçu, editada em 1965. A peça, produzida pelo governo militar, passou a circular no final de semana em grupos de WhatsApp.
Fogo amigo O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), não terá vida fácil nas articulações para aprovação do pacote anticorrupção enviado ao Congresso Nacional. A Folha de S.Paulo revelou ontem (17) que o PSL questiona no STF a constitucionalidade de trechos importantes das principais.
Fogo amigo II O partido de Bolsonaro contesta, por exemplo, a tipificação do crime de obstrução de Justiça e a lei que permite punir empresas por atos contra a administração pública, destaca.
Prioridade O deputado Ricardo Barros (PP-PR) disse sábado (16), no twitter, que Bolsonaro erra ao anunciar primeiro o pacote anticrime, na terça (19), e a reforma da previdência na quarta (28). “É uma clara inversão de prioridades. Ouvir o que líderes do Congresso já manifestaram ajudaria muito para um Brasil melhor”, pontua.
Ronildo Pimentel
Editor