Documentário ‘Portuñol’ é lançado nas plataformas de streaming via Canal Brasil

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Uma viagem através da cultura fronteiriça do Brasil com seus vizinhos da América Latina

Vencedor de melhor longa gaúcho no Festival de Cinema de Gramado de 2020, ‘Portuñol’ chega ao streaming no dia 18 de março (quinta), nas plataformas NOW, Oi Play e Vivo Play (via Canal Brasil). No documentário, a diretora Thais Fernandes e equipe visitam diversas regiões fronteiriças do Brasil para registrar a maneira como os idiomas se fundem e se entrelaçam no dia a dia da América Latina. Da mistura de culturas nasce o portuñol que dá título à produção.

O filme faz paradas pela Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai para interagir com comerciantes, artistas e acadêmicos. “É um documentário de encontros”, resume Thais. “Este foi um dispositivo que eu achava importante: é um filme de viagem em que os encontros acontecem realmente na frente da câmera”, explica a cineasta. A diretora não conhecia pessoalmente nenhum dos entrevistados antes das gravações. Em clima de animação, os moradores locais trazem à tela reflexões pessoais, músicas, poesias e ritmos desconhecidos do grande público brasileiro.

Os diálogos dos personagens alternam entre o português, o espanhol e o guarani. “A língua é invisível. Um dos nossos desafios foi transformar este fenômeno cultural em uma narrativa imagética”, avalia Thais. Junto à reflexão do idioma, somou-se o conceito da fronteira: “Ao longo do caminho o espaço se perde, e o que importa já não é mais onde estamos, mas sim quem são as pessoas que constroem essa identidade latina diversa”.

A equipe buscou personagens que refletissem o espírito dessas regiões, e entre eles encontrou rappers indígenas, estudantes colombianos, poetas do portuñol selvagem, professores universitários e até um grupo da cumbia que canta em portunhol na divisa Brasil/Uruguai. “A letra de uma das músicas fala sobre o atravessar pra lá e pra cá entre países, de uma maneira divertida. O clima é de celebração latina”, descreve Thais.

A distribuição é da Lança Filmes, com produção da Vulcana Cinema e coprodução da Epifania Filmes, Globo Filmes e GloboNews.

“Portuñol” (2020), dir. Thais Fernandes

Dia 18 de março (quinta), disponibilizado pelo Canal Brasil nas plataformas NOW, Oi Play e Vivo Play;

Duração: 70 min.

Sinopse: Uma viagem através da cultura fronteiriça do Brasil com seus vizinhos hispanohablantes. A cumbia uruguaia, o rap guarani e a poesia do Portuñol Selvagem se juntam nesse road movie que rompe fronteiras, desvenda latinidades e une personagens diversos.

Ficha técnica

Direção e Roteiro: Thais Fernandes

Direção de Fotografia: Pedro Clézar

Produção Executiva: Fabiano Florez, Jessica Luz e Mariana Mêmis Müller

Trilha Musical: Bruno Mad e Lucas Kinoshita

Trilha Sonora Original: Bruno Mad e Lucas Kinoshita

Montagem: Jonatas Rubert

Desenho de Som: Kiko Ferraz Studios

Elenco: Gerson Claure Terrazas, Isabel Terraça Oliveira, Mauro Martins, José Carlos Duarte, Mano Zeu, Carlos, Andres “Jecke” Figueredo, Delmira Peres, Fabian Velazquez, Juan Luis Chamorro, Diana Pereira, Julio Mario Prent Pointiers, Rodrigo Queiroga, Adalberto Ruhoff, André Campos Silva, Renata de Oliveira Manfio, María Betania Hernández , Ana Luiza Suficiel, Douglas Diegues, Sacha Cardona, Eliana Fernandes, Lilian Daiane Pimentel Cândia, Juan Jose Mareco Gomez, Natacha Luhan Ortega Dos Santos, Giovanna Carvalho Cristaldo Felex, Tamara Paniagua, Maria Antonia Monzòn Paes, Simon Paniagua, Marina Paniagua, Javier Rodas, Rosario Brochado, Scarlett Aline Patrón, Agustín Aquino, Sandy de Paula, Eduardo Palermo, Alessandro Maciel Lopes, Nahuel Dutra e Suzana Mancilla.

Produção: Vulcana Cinema

Coprodução: Epifania Filmes, Globo Filmes e GloboNews

Distribuidora: Lança Filmes

Sobre a Diretora –  Thais Fernandes

Formada em jornalismo pela PUCRS. Desde 2007 trabalha como montadora e diretora de projetos audiovisuais para televisão e cinema. Atua também no teatro como dramaturga e diretora, focada atualmente em projetos para o público infantil. 

Foi coordenadora de finalização do Núcleo de Programas Especiais da RBS-TV (2007 a 2009), e participou do taller de realização de documentários da EICTV, Cuba em 2008. Trabalhou em 2009 como assistente de montagem na Casa de Cinema de Porto Alegre, onde participou das séries “Fantasias de uma Dona de Casa” e “Família Brasil” (RBS-TV), e “Que Exploração é essa?” (Canal Futura).

Montou da série documental “Sonho de Guri” (2012) e os curtas documentais “Cidades Redesenhadas” e “Felizardo, um Retrato em Meio Tom”, todos dirigidos por Liliana Sulzbach. Em 2014 lançou o webdocumentário interativo “A Cidade Inventada”, no qual assina produção executiva e edição de vídeos. No mesmo ano, estreia o espetáculo teatral “No que Você está Pensando?”

Seu primeiro documentário interativo como diretora, “Um Corpo Feminino” (2016), deu origem ao curta de 2018 que circulou por diversos festivais internacionais. Outro de seus créditos é a direção e roteiro da série documental “Afinal, Quem é Deus?” (2019). “Portuñol” é seu primeiro longa-metragem.

Sobre Lança Filmes – Distribuidora

A Lança Filmes é uma empresa distribuidora de conteúdo audiovisual. Distribuindo longas e curtas-metragens, séries e novos formatos, em festivais, em mostras, no cinema, em VOD, na televisão fechada e aberta, na internet e em novas plataformas. ​Entre seus títulos estão: “Dromedário no Asfalto” (2014), “Tamara” (2018), “Yonlu” (2018), “A Cidade dos Piratas” (2019), “Amor e Misericórdia: Faustina” (2020) e “Disforia” (2020).

Sobre Vulcana Cinema – Produtora

Vulcana Cinema é uma produtora brasileira fundada em 2018 por Jessica Luz e Paola Wink que acumulam mais de dez anos de experiência atuando como produtoras das empresas Besouro Filmes e Tokyo Filmes em Porto Alegre.  Elas produziram mais de vinte curtas entre eles “O Teto sobre Nós” (Locarno Competition 2015) e “Damiana” (Cannes Competition 2017, TIFF Competition 2017) e longas como “Castanha” (Berlinale Forum 2014), “Rifle” (Berlinale Forum 2016), “Tinta Bruta” (Berlinale Panorama 2018) e “5 Casas” (IDFA First Appearance Competition 2020), além de diversas séries para TV. 

Com foco em cinema de autor, primeiros longas e mercado internacional, seus projetos foram agraciados por importantes fundos internacionais como Hubert Bals Fund, IDFA Bertha Fund e Visions sud Est e participaram de laboratórios como EAVE Puentes, Torino Film Lab e Binger Film Lab. Atualmente desenvolvem os novos projetos de Davi Pretto, Caroline Leone, Thais Fernandes e da dupla Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, bem como os primeiros longas de Bruno Carboni, Marcela Bordin e Germano de Oliveira.

Sobre Epifania Filmes – Co-Produtora

Com dez anos de mercado, a Epifania Filmes, da produtora-executiva Mariana Mêmis Müller, reúne em seu currículo a realização de curtas, séries e longas-metragens. Dentre suas principais produções estão a primeira série internacional de ficção da RBS-TV, “Sapore d`Italia” (2010) e o documentário “Filme Sobre um Bom Fim“. Lançado em agosto de 2015, o longa começou sua carreira no circuito de Festivais, com seleção para a Mostra Oficial do festival de documentários “É tudo Verdade”, e depois da estreia permaneceu 16 semanas em cartaz em Porto Alegre.

Em 2018 lançou os documentários longas-metragens “A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro” (coprodução com Coelho Voador, Boulevard, Anti Filmes e Canal Brasil) e “Pra Ficar na História” (coprodução com Teimoso Filmes e Artes e GloboNews) e em 2020 lançou o longa ficcional “Disforia”, de Lucas Cassales, (em coprodução com Sofá Verde Filmes). É produtora do FRAPA Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre desde sua primeira edição, em 2013.

Sobre Globo Filmes e GloboNews – Co-Produtoras 

A associação entre a GloboNews e a Globo Filmes tem entre seus principais objetivos formar plateias para o documentário e, em consequência, ampliar o consumo desses filmes nas salas de cinema. A parceria tem contribuído para um importante estímulo ao documentário no Brasil, onde o gênero ainda tem pouca visibilidade quando comparado aos demais países. A iniciativa visa o fortalecimento e a promoção dentro do mercado audiovisual brasileiro, através da coprodução e da exibição desses longas.

O projeto completa sete anos em 2021 e a parceria estimula a criação de longas-metragens que, após a exibição nas salas de cinema, vão ao ar na emissora. Ao longo desse período, os filmes foram vistos por mais de seis milhões de pessoas no canal por assinatura e o alcance médio das produções foi de 450 mil telespectadores por exibição.

Foram lançados filmes como “Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, escolhido para representar o Brasil na busca por uma indicação ao Oscar 2021 na categoria Melhor Filme Internacional e premiado como melhor documentário sobre cinema da Venice Classics, mostra paralela do 76º Festival de Veneza em 2019, “Cidades Fantasmas” e “Cine Marrocos”, vencedores respectivamente do Festival É Tudo Verdade 2017 e 2019, “Slam: Voz de Levante” e “Pitanga”, premiados respectivamente nos Festivais do Rio e de Tiradentes em 2017, “A Corrida do Doping” e “Gabeira” – até o momento, o filme mais visto na faixa da GloboNews.

Outros destaques foram o longa coletivo “5 x Chico – O Velho e Sua Gente”, sobre comunidades banhadas pelo Rio São Francisco, selecionado para quatro festivais internacionais na França; “Tim Lopes – Histórias de Arcanjo”, sobre a trajetória do jornalista morto em 2002; “Betinho – A Esperança Equilibrista”, que narra a vida do sociólogo Herbert de Souza, “Menino 23”, que acompanha a investigação do historiador Sidney Aguilar a partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, ambos vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2016 e 2017, respectivamente; “Setenta”, de Emília Silveira, sobre a militância política nos anos 1970, que recebeu dois prêmios no 8º Festival Aruanda (Paraíba), incluindo o de Melhor Filme pelo júri popular; e o premiado “Meu nome é Jacque”, de Angela Zoé, que enfoca a diversidade sexual a partir da experiência da transexual Jacqueline Rocha Cortês, eleito o Melhor Longa Nacional pelo júri do Rio Festival de Gênero & Sexualidade no Cinema 2016.

Em 2021, são mais de 30 filmes em produção, envolvendo mais de 30 produtoras de diferentes regiões do país, ajudando a fomentar o mercado.

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