No áudio, atribuído a diretor de hospital, é passada a informação que o Hospital Policlínica estava com 50% de ocupação dos leitos de enfermaria covid, enquanto que o sistema público da região está em colapso por falta de leitos
O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, determinou que a Procuradoria-Geral do Município faça um estudo para criar a Central Única de Leitos, incluindo o serviço público de saúde e o setor privado.
A decisão do prefeito foi tomada após viralizar um áudio atribuído a um dos diretores do hospital informando que 50% dos leitos de enfermaria estariam vagos. “Determinei imediatamente a transferência de pacientes”, afirmou Paranhos.
O prefeito também requisitou ao secretário de Estado da Saúde (Sesa), Beto Preto, e ao governador Ratinho Junior, auxílio para que leitos que estariam vagos no Hospital Policlínica sejam usados para o tratamento de pacientes com Covid-19. Ele lembrou que trata-se de um hospital de referência e pediu ao Ministério Público para que também intervenha para que os leitos sejam ocupados por pacientes que estão na fila de espera por uma vaga.
“Independente se é do SUS ou não, porque nós estamos num momento de muita dificuldade. Então se há uma informação de que nesse hospital está sobrando leitos, nós queremos utilizá-los”, afirmou o prefeito.
O governador reagiu imediatamente e determinou uma auditoria ainda hoje no hospital para saber se há leitos disponíveis.
Paranhos lembrou que o sistema está colapsado em Cascavel, na região oeste e praticamente em todo o Paraná e se há leitos disponíveis precisam ser utilizados. “Se tem leitos de enfermaria não podemos deixar as pessoas morrendo”, declarou.
O diretor do Hospital Policlínica, Dr. Ovídio Rohde, ao qual o áudio é atribuído, ainda não se manifestou sobre a polêmica.
As informações são de Preto no Branco