O secretário de Turismo e Projetos Estratégicos de Foz do Iguaçu, Paulo Angeli, afirma ao GDia que o turismo nos três níveis – nacional, estadual e municipal – tem amargado um ano de pandemia com impactos diretos ao setor e consequentemente redução e manutenção do emprego e também no equilíbrio da economia local.
“Hoje, hotéis e atrativos, estão operando com apenas 30% das suas capacidades, também como medida de cautela e prevenção à pandemia”.
“É certo que a pandemia nos trouxe a necessidade de olhar melhor para esse novo perfil de visitantes que estamos recebendo desde o início da pandemia. No momento o turismo regional é o foco, não apenas o rodoviário, pois temos também movimentação no aeroporto, principalmente nos voos diretos de curta distância”.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
GDia – Os hotéis e os atrativos devem continuar abertos durante a pandemia?
Paulo Angeli – A medida de manter os hotéis e atrativos abertos, mesmo que com capacidade reduzida, é com objetivo de contribuir para o equilíbrio da economia da cidade e também em respeito aos turistas que já haviam se programado com antecedência. Hoje, hotéis e atrativos, estão operando com apenas 30% das suas capacidades, também como medida de cautela e prevenção à pandemia. De acordo com a situação dos boletins da saúde municipal, esse percentual pode ser alterado.
Foz já tem um selo de segurança para as empresas do setor receberem os turistas, esta é uma boa alternativa? Deve se perdurar pós pandemia?
P.A.– Sim, em Foz, hotéis, restaurantes, prestadores de serviço, espaços para eventos e atrativos turísticos receberam o Certificado de Responsabilidade Sanitária e Selo de Ambiente Protegido. Esta foi uma excelente alternativa para gerar mais confiança e segurança aos turistas que optaram por viajar desde o início da pandemia.
Para obter a certificação, os estabelecimentos passaram por um rigoroso processo de visitações e auditorias, coordenadas pelas entidades envolvidas no projeto. Criada para preparar os estabelecimentos para receber turistas de forma segura, a certificação leva em consideração mais de 30 aspectos como a montagem de barreiras sanitárias.
Acreditamos que sim, essa medida deve ser mantida, logicamente com algumas alterações, mesmo após a pandemia, pois acaba qualificando os estabelecimentos.
Já foi apontado que a retomada da atividade deve começar com turismo regional, em 200 quilômetros, cidades de grandes centros paranaenses (Cascavel, Ponta Grossa, Curitiba, Maringá e Londrina). Esse turismo rodoviário é o foco no momento?
P.A É certo que a pandemia nos trouxe a necessidade de olhar melhor para esse novo perfil de visitantes que estamos recebendo desde o início da pandemia. No momento o turismo regional é o foco, não apenas o rodoviário, pois temos também movimentação no aeroporto, principalmente nos voos diretos de curta distância.
Precisamos movimentar toda a cadeia de serviços turísticos da cidade e neste sentido, devemos trabalhar numa campanha, junto ao trade da cidade, com ampliação de raio para até 1.000 km. Estamos aguardando um momento menos crítico na saúde pública do município e do estado, para propor diálogo com as empresas e as entidades do setor. Para ter uma ideia, tivemos uma queda de 45% no número de visitantes de 2019 para 2020, e acreditamos que no segundo semestre deste ano possamos amenizar parte desse impacto.
As informações são de GDia