Um casal de ciganos foi preso em um condomínio de luxo em Foz do Iguaçu, na manhã de ontem (16), suspeito de integrar um esquema de lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos, extorsão e outros crimes. A ação ocorreu durante a Operação Sem Fronteiras, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás com o apoio do Ministério Público do Paraná e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
“É um casal de ciganos, eles não tem muita parada. Nós apuramos que eles respondem a investigações por estelionato até no estado de São Paulo. Eles vieram para Foz porque acreditavam que estariam seguros, e aqui alugaram um imóvel em um condomínio de alto padrão onde residiam com filhos. Identificamos também um fluxo grande de pessoas no local, todos ciganos que fazem parte da comunidade deles e frequentavam a casa”, contou o promotor de Justiça Tiago Lisboa.
Além das ordens de prisão, as equipes cumpriram também um mandado de busca e apreensão na residência dos investigados. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Goiatuba (GO). Em Foz as equipes contaram também com o auxílio do Centro Integrado de Operações de Fronteira (COIF), do Ministério da Justiça e Segurança Pública para executar a ação.
O trabalho resultou na apreensão de quatro veículos de luxo, avaliados em mais de R$ 1 milhão; joias, dinheiro em espécie (dólares e reais), documentos, cartões de crédito em nome de terceiros, cheques, penhor bancário, contratos, celulares e uma máquina de cartão de crédito.
Os materiais recolhidos ajudarão a polícia a dar prosseguimento nas investigações e identificar a procedência do dinheiro, além de outras pessoas envolvidas no esquema. “A operação teve o objetivo de colher novos elementos de convicção aptos a comprovar delitos já imputados ao casal e novos delitos que eventualmente estejam praticando”, informou o promotor de Justiça Rômulo Corrêa de Paula.
O homem detido nessa terça-feira foi conduzido à Cadeia Pública Laudemir Neves, já a mulher foi encaminhada à ala feminina da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu. Ambos aguardam a decisão da Justiça de Goiás sobre a sequência do processo e transferência para o estado de origem.
Foto: MPPR
