Ovos de páscoa estão mais baratos, mas vendas devem ser menores, aponta levantamento Cepecon/UNILA

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Varejistas já estão recorrendo a grandes promoções, a fim de esgotar os estoques de chocolate

O último boletim do Centro de Pesquisas Econômicas Aplicadas da UNILA (Cepecon) mostrou que, nos supermercados de Foz do Iguaçu, os ovos de chocolate estão mais baratos em relação aos preços praticados na Páscoa de 2020. O levantamento mostra que, entre as principais marcas do mercado, a redução chega a ser de 19,37%.

Uma das causas da queda de preços é a expectativa de vender menos neste ano. “Os varejistas já estão recorrendo a grandes promoções, a fim de esgotar os estoques. Além disso, há uma retração na demanda, devido à queda da renda, em decorrência da pandemia e do auxílio emergencial, que será menor em valor e quantidade de benefícios e só virá após a Páscoa”, explica o coordenador da pesquisa, Henrique Kawamura, que lembra que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projetou uma queda nas vendas de 2,2% em relação a 2020.

Embora haja redução nos preços dos chocolates, o consumidor deve ficar atento, porque a diferença entre os preços praticados nos locais de compras é grande. O preço de um ovo de 150 gramas, feito com chocolate ao leite, varia 37,7% nos supermercados de Foz do Iguaçu. Já a variação da caixa de bombons – de 250 gramas – é de 45,7%; o ovo de 350 gramas, feito de chocolate com avelãs, é de 21%.

A pesquisa também mostrou que outros produtos tradicionais deste período do ano estão mais caros. O bacalhau apresentou aumento de 21% em relação a 2020 – e até mesmo a tilápia está mais 23% cara. “A boa pesquisa pode reduzir ainda mais o total das compras de Páscoa. Sempre indicamos utilizar o App Menor Preço, da Nota Paraná, para realizar a pesquisa neste período de restrições”, orienta Kawamura.

Itens da cesta básica aumentaram 1,4%

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Foz) dos itens da cesta básica aumentou 1,4% no mês de abril. No último mês, ficou mais caro comprar tubérculos, raízes e legumes (14,2%), leite e derivados (5,8%), pescados (5.5%) e aves e ovos (4%). Já os itens que mais reduziram no período foram as hortaliças e verduras (-20%), farinhas, féculas e massas (-11%).

Entre os tubérculos, o maior aumento foi nos preços da batata – cerca de 19,5% – , devido à demanda mais aquecida com a proximidade da semana santa e as restrições por conta da pandemia. Em contrapartida, as hortaliças e verduras apresentaram queda de 20% nos preços, após seguidas altas no mês passado. Diferentemente dos tubérculos, a demanda por esses produtos recuou com as medidas restritivas, uma vez que são produtos mais perecíveis. A alface, por exemplo, teve queda de 30% e a couve, 19%. Para evitar sobras nas distribuidoras, os atacadistas baixaram preços das folhosas.

As carnes aumentaram 1,1%, com destaque para a alcatra (6,8%) e patinho (3,52%). Já a carne de porco reduziu 5,3% e o contrafilé, 6,8%. O frango continua em alta: neste mês, o aumento foi de 7%. Os ovos de galinha apresentaram 5% de aumento em relação ao mês passado.

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