Centros especializados de ensino para jovens e adultos ficam em Matelândia, Medianeira e São Miguel do Iguaçu
Três unidades de CEEBJA (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos) na região estão correndo o risco de ser fechadas. Os estabelecimentos de ensino ficam nas cidades de Matelândia, Medianeira e São Miguel do Iguaçu.
A intenção é da chefia do Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu (NRE) e foi informada pelo órgão à direção dos três CEEBJAs durante reunião presencial. As comunidades escolares não foram consultadas sobre essa pretensão.
Diretor do CEEBJA de São Miguel do Iguaçu, Emerson Rodrigues apresentou um relato sobre as informações recebidas até o momento pelas instituições de ensino. O professor abordou o assunto durante entrevista à Rádio Jornal.
“Fomos avisados de que esses CEEBJAs deixariam de existir e se tornariam um curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA), nas escolas onde compartilhamos o espaço físico”, explanou o docente, na entrevista à rádio de São Miguel do Iguaçu.
Ele lembrou que as escolas regulares não estão preparadas para ofertar a modalidade de ensino específico a jovens e adultos. “O que nos causa grande estranheza é que, entre todos os CEEBJAs do Paraná, apenas esses três que fazem parte do NRE de Foz do Iguaçu estão nessa condição”, apontou.
Desmonte
Para a APP-Sindicato/Foz, a pretensão da chefia do NRE de Foz do Iguaçu visa ao desmonte do sistema público de ensino. Se efetivada, vai ferir o direito da população à educação específica e especializada para jovens e adultos.
“Os colégios ficariam sobrecarregados, sendo obrigados a ofertar a EJA juntamente com o ensino regular, de níveis fundamental e médio, sem novos investimentos e educadores”, expõe o representante da APP-Sindicato/Foz, Leandro Bortoluzzi.
“Trata-se de uma posição descabida e autoritária”, denuncia. “A EJA requer atendimento diferenciado para os públicos jovem e adulto. Em muitos casos, os estudantes são idosos, os quais precisam de acompanhamento individualizado”, frisa.
De acordo com Leandro, o sindicato reforça a mobilização das comunidades de Matelândia, Medianeira e São Miguel do Iguaçu. “Convidamos educadores, estudantes, pais e mães de alunos, representantes de organizações sociais e do poder público para somar forças para impedir essa arbitrariedade”, convoca.
(APP-Sindicato/Foz)