Romanelli alerta para passivo de obras não realizadas pelo pedágio no Paraná

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Campo Mour‹o- 06-10-2005 - Praa Ped‡gio Viapar - C. Mour‹o Foto: JosŽ Adair Gomercindo-SECS

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) alertou na segunda-feira (26) que as concessionárias do Anel de Integração podem deixar um grande passivo de obras inacabadas ao fim dos contratos que se encerram em novembro deste ano. Romanelli destacou o levantamento do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), publicado na Gazeta do Povo, que apontou 28 obras inacabadas, 17 delas nem foram iniciadas.

“Temos que ficar alertas. Há uma série de obras que nem foram iniciadas a poucos meses do encerramento desses contratos abusivos. Não é possível que o Paraná tenha que pagar mais essa conta, depois de tudo que a nossa economia deixou no caixa das concessionárias ao longo dos últimos 24 anos”.

Romanelli afirmou esperar que o Governo do Estado, o DER e a Agepar cobrem a execução de todas as obrigações contratuais das seis concessionárias, e reforçou que a má experiência dos contratos assinados no fim da década de 90 deve ser utilizada na construção do novo modelo.

“O modelo elaborado pelo governo federal para os próximos 30 anos é muito semelhante com os atuais contratos. Uma concessão onerosa que limita a redução efetiva das tarifas. O Paraná não quer isso, queremos concorrência pelo menor preço, garantia da execução das obras e investimentos nos primeiros anos”, frisou.

A lista publicada não soma as obras retiradas dos contratos originais por meio de aditivos firmados no início dos anos 2000 e nem as obrigações incluídas nos acordos de leniência assinados pelas concessionárias com o Ministério Público Federal decorrentes das investigações da Operação Lava Jato.

O jornalista Roger Pereira constatou no documento do DER que das “28 obras inacabadas, há trechos de duplicações que somam 124 km (alguns deles já parcialmente concluídos); 38 km de terceiras faixas, vias marginais ou acostamento; 16 km de contornos, além de 12 obras de arte, como passarelas, pontes, trevos ou interseções. Há obras que, apesar de atrasadas, estão em fase de conclusão, devendo ser entregues até novembro, mas há 17 intervenções que sequer foram iniciadas”.

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