Chefe do Executivo Municipal reforçou que a categoria não deixou de trabalhar durante a pandemia, e manteve as atividades de forma remota
O prefeito Chico Brasileiro defendeu, nesta quinta-feira (29), os professores de Foz do Iguaçu, em função dos comentários, principalmente nas redes sociais, que cobram a volta imediata às aulas e ao trabalho. “Os professores não deixaram de trabalhar. Estão trabalhando de forma remota. Eles têm um plano pedagógico e estão seguindo esse plano”, disse Chico Brasileiro em entrevista ao Jornal da Cultura.
Os professores municipais, estaduais, universitários e que trabalham nas escolas privadas passam de seis mil em Foz do Iguaçu. “Claro que uma criança vai ter mais dificuldade de aprender por esse formato (remoto). A aula presencial é insubstituível, mas o momento que estamos vivendo exigiu isso. Agora, dizer que o professor não trabalhou nesse período é uma injustiça”, reiterou o prefeito.
Chico Brasileiro adiantou que vai entregar aos professores as máscaras N95, conforme reivindicado pelo sindicato da categoria, que garante uma melhor proteção aos trabalhadores da educação. “Aliás, se cada pessoa conseguir uma máscara com maior proteção, faça o uso dela. Nós vamos viabilizar (as máscaras N95) até a segunda-feira, 3 de maio, embora os outros municípios que retornaram às aulas não estejam usando. Mas eu concordei, porque considero que, quanto mais proteção, melhor “.
Retorno gradativo
O prefeito confirmou que o retorno às aulas presenciais será gradativo e começa na segunda-feira em cinco escolas: Jardim Naipi, Princesa Isabel, Papa João Paulo I, Osvaldo Cruz e Josinete Holler. Diretores, professores, equipes pedagógicas e merendeiras vão adotar os protocolos de segurança contra a covid, inclusive na entrega da merenda escolar, e farão a coleta dos exames RT-PCR nesta sexta-feira (30). No total, Foz tem 91 escolas públicas municipais (50 do ensino fundamental e 41 da educação infantil)
Nas escolas, os estudantes do 1º e 2º anos passarão por tapetes sanitizantes, terão a temperatura aferida e utilizarão álcool em gel para higienização das mãos. Alunos e servidores farão ainda o exame RT-PCR. Serão feitos 290 testes no primeiro dia, isso porque as escolas atenderão apenas 30% da capacidade das turmas. Os alunos que iniciarem as atividades na semana seguinte também passarão pelos testes. O exame será de caráter obrigatório para o retorno presencial.
O retorno de outras escolas, segundo o prefeito, vai depender da primeira semana de maio. A Secretaria de Educação fará a avaliação e, se tudo ocorrer nos conformes, vai planejar o retorno de outras turmas, e assim sucessivamente. “Temos uma expectativa de vacinação. Gostaríamos de vacinar ainda no mês de maio pelo menos uma parte dos professores, se recebermos a autorização do Ministério da Saúde”, disse.