O prefeito Chico Brasileiro formalizou, na última quarta-feira (05) em Brasília (DF), o pedido de elevação da cota de US$ 300 (R$ 1,5 mil) para US$ 500 (R$ 2,5 mil) nas lojas francas (sem taxas) em Foz do Iguaçu. O pleito foi encaminhado ao coordenador-geral do Ministério da Fazenda, Andrey Aurélio de Sousa Correia. O reajuste do limite viria em um momento oportuno para o Destino, dizem lideranças do setor de turismo.
A proposta encaminhada por Chico Brasileiro faz parte do plano de retomada do turismo e classificação de Foz do Iguaçu como um centro internacional de compras, atraindo os brasileiros residentes nos grandes centros urbanos. “Poderá ser uma grande conquista para consolidar o turismo de compras como um grande atrativo que se somará aos já reconhecidos”, disse.
A cidade já tem a estrutura, segundo o prefeito, para receber bem o turista brasileiro e agora pode ser uma boa opção de compra, com comodidade e conforto. “O aumento da cota para U$ 500 amplia também o número de visitantes brasileiros. Isso será muito importante no plano de retomada econômica de Foz do Iguaçu”, afirmou Brasileiro.
Foz do Iguaçu conta atualmente com duas lojas duty free e tem previsão de receber mais duas nos próximos meses. “Há um esforço conjunto por parte da prefeitura e do setor produtivo na busca desta retomada no mais curto tempo possível”, avaliou o prefeito.
Momento oportuno
“O aumento da cota de compras para os free shops localizados em Foz do Iguaçu contribuirá para uma mais breve e efetiva retomada do turismo no Destino”. A avaliação é do presidente do Visit Iguassu Convention Bureau, Felipe Gonzalez. De acordo com ele, “o momento é mais que oportuno”.
“Visto que a cidade está em pleno desenvolvimento e mesmo durante a pandemia conseguiu avançar nas obras estruturantes principais”, ressaltou Gonzalez. Entre as ações listadas pelo presidente do Visit Iguassu estão a reforma e ampliação da pista do Aeroporto Internacional e a construção Ponte Internacional da Integração Brasil-Paraguai, a segunda unindo os dois países na região de Foz do Iguaçu.
“Além de contar com grandes investimentos do setor privado na melhoria e ampliação de seus equipamentos, inaugurações e lançamentos de novos atrativos turísticos”, ressaltou Gonzalez. Que completou: “Enfim, trata-se de um importante incentivo para que Foz do Iguaçu alcance novos recordes de visitação”.
Segmento fortalecido
De acordo com Faisal Ismail, presidente da Associação Comercial e Empresarial (Acifi), o aumento da cota de compras nas lojas francas de Foz do Iguaçu vai significar o fortalecimento dessa nova modalidade de estabelecimento comercial da cidade. “É bom para a empresa, que pode aumentar seu público e leque de clientes”, disse.
Além disso, ainda segundo Ismail, a medida nivela a concorrência com o mercado exterior. “Contudo, é preciso analisar com muito zelo os impactos internamente, em especial sobre comércio iguaçuense como um todo”, completou.
Mais visitantes
“Sem dúvida nenhuma. É interessante haja vista que hoje, com esta cota já existente, muitas pessoas se beneficiam nas compras”, disse o presidente do Sindicato de Hotéis (Sindihotéis), Neuso Rafagnin. De acordo com ele, subindo a cota de compras das lojas francas, “apesar do dólar estar alto, quase R$ 6 por um, compensa devido ao valor da compra efetuada”.
“Geralmente, estes produtos, não são para uso próprio na totalidade, sempre existe alguém que revende e ganha um percentual em cima destes valores pagos em Foz”, analisou. Ainda segundo Neuso, as lojas francas são mais uma ferramenta que pode beneficiar e atrair mais pessoas para virem ao destino fazer compras.
As informações são de GDia