100 dias de oxigenação e uma nova história para o TCE-PR

WhatsApp
Facebook
A golden Tikinha, companheira inseparável, se tornou simbolo da gestão inovadora de Fábio Camargo à frente do TCE-PR (Foto: Arquivo/Instagram)

Fábio Aguayo

O conselheiro Fabio Camargo, presidente do Tribunal de Contas do Paraná, quebrou a velha máxima de que o Tribunal de Contas era um Tribunal “faz de conta” ou “uma Ilha”, como foi dito em sua única e primeira entrevista, depois de um longo tempo sem se manifestar, ao jornalista Marc Sousa, na Rádio Jovem Pan.

Completados 100 dias de gestão, Camargo colocou literalmente o TCE-PR e a importância do Controle Externo no centro das atenções no Centro Cívico, com diversas ações que já repercutem positivamente pelo Brasil. E não é pela sua fiel companheira, a golden Tika que o acompanha, tanto na vida privada como na profissional.

Entre os destaques da gestão, a comunicação que em menos de 100 dias, foram entregues R$ 20 milhões economizados pela nova gestão ao governo do Estado para reforçar o caixa neste momento de pandemia e a medida cautelar, em julgamento no STF, visando cooperar no combate ao Covid-19, atacando o principal foco de transmissão do coronavirus, o transporte público.

A medida judicial do transporte público visa permitir apenas a circulação de trabalhadores da saúde, serviços essenciais e relacionados à vacinação da Covid-19 no transporte coletivo de Curitiba. A ação veio após técnicos do TCE-PR comprovarem aglomerações em horários de pico. Foram expedidas várias orientações para a Prefeitura de Curitiba reduzir esse quadro, não sendo cumprida.

Muitos torceram o nariz pela iniciativa do conselheiro. Mas não deixaram de o parabenizar por colocar o debate nacional do transporte público na pauta central dos Poderes Públicos, meio de transporte mais utilizado pela população e subsidiado pelo dinheiro arrecadado do bolso do contribuinte

Camargo, sabendo do seu papel institucional, recebe diversas figuras do meio politico e da sociedade para debater como cooperar, não só no combate a Covid-19, mas na melhora da fiscalização das contas públicas. Ouve mais do que fala. Assimila as boas sugestões, e o principal, dá autonomia para os servidores saírem das sombras e mostrarem seu qualificado trabalho à sociedade.

O conselheiro também impôs um ritmo de trabalho intenso aos servidores, chegando a desempenhar as atividades fora do expediente natural, especialmente em tempos de trabalho remoto, para debater os projetos em andamento.

Todos que conhecem Camargo afirmam que está tão focado na valorização e importância da atuação da corte, que sabe que o sucesso da sua gestão é estratégico para isso e que até nos momentos de descontração, principalmente em seu quartel general em Matinhos, onde recupera as energias, não perde a oportunidade de entrar em contato com seus assessores e servidores.

Depois de anos recluso e reflexivo, ele sabe que não pode falhar. Ainda mais fiscalizando as contas públicas.

Os servidores, num primeiro momento estavam apreensivos, pois não sabiam como seria, mas o impacto está sendo positivo, conquistas e direitos estão reconhecidos e devidamente, o que valoriza e engaja os servidores para o crescimento e melhora do desempenho.

Um fato icônico do começo da gestão, Camargo imprimiu sua marca em uma reunião com toda a diretoria. A sua maneira intensiva de trabalho pela jovialidade tem contagiado os diretores e Coordenadores que estão sempre dispostos aos desafios da gestão.

Ligou um dia à noite, por volta das 22h para todos os diretores e avisou de uma reunião, no dia seguinte, cedo, por volta das 8h30, pegando muitos diretores de surpresa, ou melhor, de pijama.

Com a sua Tika a tiracolo, jogou limpo. Foi direto ao ponto, como é de seu costume. Falou para os presentes se eles preferiam ser conhecidos como servidores do Tribunal Faz de Conta ou de um Tribunal ativo, valorizando o trabalho de todos e reconhecido pela sociedade.

Um dos participantes no evento disse que os olhos de muitos brilharam. A chamada, a estilo Felipão, como gosta de se definir Camargo, deu resultado. Ali foi o ponto da virada.

A mesma fonte diz que ele gosta de se comparar ao Felipão treinador vitorioso, intenso. Dá seus puxões de orelha, em alguns a orelha fica bem vermelha, mas é admirado pelo seu modo sincero e estilo paizão, volte e meia é visto se confraternizado aos abraços com os servidores. Sobra até para a Tika.

A convocação aos diretores reverberou em todos os departamentos. Dali em diante, mesmo em trabalho remoto, o TCE-PR entrou em campo para mostrar seu papel.

Em 100 dias mostrou que veio para ficar para sempre no hall de bons presidentes da corte.

  • Fábio Aguayo é empreendedor, dirigente de entidades de turismo, gastronomia e entretenimento e profissional na área de relações institucionais e governamentais.

Mais notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *