Arábia Saudita suspende a compra de carne de aves de 11 frigoríficos do Brasil

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A Arábia Saudita suspendeu a autorização de exportação de carne de aves de 11 frigoríficos brasileiros, segundo uma nota conjunta dos Ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, divulgada nesta quinta-feira (6).

O governo brasileiro disse que recebeu com “surpresa” a decisão e que “não houve contato prévio das autoridades sauditas” e nem “apresentação de motivações ou justificativas”.

A informação consta em uma lista da Saudi Food and Drug Authority (SFDA) publicada no dia 5 de maio. Segundo este documento, os frigoríficos suspensos são:

  • 5 da Seara Alimentos: em Amparo (SP), Brasília (DF), Campo Mourão (PR), Caxias do Sul (RS), Ipumirim (SC);
  • 3 da Vibra Agroindustrial: Itapejara D’Oeste (PR); Pato Branco (PR) e Sete Lagoas (MG)
  • 2 da JBS: em Montenegro (RS) e Passo Fundo (RS);
  • 1 da Agroaraçá: em Nova Araçá (RS).

Em nota à imprensa, a JBS disse que procurou a SFDA para “dialogar e entender as motivações para o bloqueio”.

“A produção antes destinada à Arábia Saudita já foi redirecionada para outros mercados”, disse a empresa no comunicado, que detém a marca Seara.

O G1 também entrou em contato com a Vibra Agroindustrial e Agroaraçá, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

O governo brasileiro afirmou que iniciou contato com as autoridades da Arábia Saudita e da embaixada do país em Brasília para esclarecer o episódio.

“Todas as vias bilaterais e multilaterais serão empregadas com vistas à pronta resolução da questão. Caso se comprove a interposição de barreira indevida ao comércio, o Brasil poderá levar o caso à OMC [Organização Mundial do Comércio]”, disse o comunicado.

“O Brasil reitera os elevados padrões de qualidade e sanidade seguidos por toda nossa cadeia de produtos de origem animal, assegurados por rigorosas inspeções do serviço veterinário oficial. Há confiança de que todos os requisitos sanitários estabelecidos por mercados de destino são integralmente cumpridos”, acrescentou.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse, em nota, que está apoiando o governo na busca por mais detalhes sobre a “surpreendente decisão unilateral” das autoridades sauditas.

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