Chega de clandestinidade. A hora é de legalizar eventos testes com vacinados contra a Covid-19

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Segundo a Vigilância Sanitária de Pato Branco, clube atuou com 17% da capacidade no baile teste Foto: Reprodução

Entidades defendem as promoções no segundo semestre para valorizar os estabelecimentos legais e aprimorar protocolos pós-vacinação

Há aproximadamente um ano entidades laboral e patronal representativas do turismo destacavam que Curitiba e diversas regiões do Brasil passavam por uma explosão de festas clandestinas, motivadas pelas proibições aos eventos, como estratégia de enfrentamento ao novo Coronavírus (Covid-19).

Hoje, mais de um ano do início da pandemia, a clandestinidade continua. A imprensa tem destacado quase que diariamente eventos em ambientes pequenos e insalubres, que não possibilitam distanciamento social e, na maioria dos casos, sem os protocolos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em maio do ano passado, a Confederação Nacional do Turismo Turismo (CNTur), Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia e Entretenimento (Feturismo), Associação Brasileira de Bares e Casa Noturnas (Abrabar), Sindicato das Empresas de Gastronomia e Entretenimento (Sindiabrabar) e Sindehotéis (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região), cobravam o poder público para coibir estas práticas.

O alerta não surtiu o efeito esperado e nos últimos dias a imprensa tem estampado as forças de segurança flagrando festas sem fiscalização em praticamente todos os centros urbanos. Só em Curitiba e região metropolitana, no último final de semana, foram interditados 16 estabelecimentos por promover festas e eventos clandestinos.

“É preciso que as autoridades e a sociedade de uma maneira geral tomem uma atitude contra estes eventos”, ressalta o presidente da Abrabar, Fábio Aguayo. “Do jeito que está, nunca sairemos da caverna do dragão”, completou em referência aos personagens de desenho animado que nunca encontram o caminho de volta para casa.

Imunização

O Paraná já vacinou quase milhões de cidadãos com a primeira dose e mais de um milhão com a segunda dose contra a Covid-19. Desde o início da campanha de imunização, em janeiro deste ano, foram aplicadas mais de três milhões de doses de imunizantes, de um total de 3,7 milhões recebidas.

Com o avanço da imunização, o ideal é voltarem os eventos legais no formato de testes a partir do segundo semestre de 2021. As experiências podem ser fundamental ao poder público no trabalho de identificação de qual a melhor estratégia para impedir as transmissões em massa do vírus e a vida voltar ao normal.

Sob controle

As entidades vão protocolar o pedido na Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e secretarias de Saúde das cidades polos, para a realização de evento teste, começando por Curitiba. Na capital existe um estabelecimento disposto a parceria.

É a Sociedade Água Verde, local tradicional de encontro da terceira idade. A entrada só seria permitida para pessoas vacinadas com as duas doses, após cumprido o período de eficácia do imunizante. O passaporte de segurança/entrada, neste caso, seria o certificado da vacina.

O nome e endereço dos participantes do evento serão constados em lista para eventual acompanhamento destes após o evento, a fim de se verificar se houve algum tipo de contágio posterior. Tudo será comprovado com novo exame PCR, se necessário, em até sete dias após o teste.

No último final de semana, o município de Pato Branco promoveu, em formato experimental, um baile com mais de 300 pessoas, com todos os cuidados sanitários previstos em rígidos protocolos sanitários.

As imagens dos casais dançando, ou das pessoas em mesas com distanciamento, chamaram a atenção na internet, mas mostram que é possível aos poucos a vida voltar ao normal, completam as entidades.

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