O diretor de Vigilância Sanitária do Paraguai, Guillermo Sequera, que os dados de contágios do novo coronavírus, que continuam em “um patamar elevado”, indicam que a situação do país está “ruim e pode piorar”
O relatório mais recente do Ministério da Saúde contabilizou 3.031 novos casos de covid-19, um recorde diário, elevando para 324.063 o total de positivos confirmados desde o início da pandemia, entre eles 8.012 mortes por complicações da doença.
“Os dados desta semana não são tão alentadores, provavelmente vamos voltar a subir um pouco. Estamos preocupados com o número de mortes registradas”, comentou Sequera na entrevista coletiva semanal do Ministério da Saúde, em alusão também ao recorde de 112 mortes em um dia na quarta-feira passada.
A propagação do coronavírus no Paraguai se acelerou em fevereiro, quando foi confirmada a circulação da variante brasileira e também da britânica, ambas consideradas “preocupantes”.
Sequera detalhou que cerca de 90% das amostras avaliadas no sequenciamento correspondem à variante brasileira. Além disso, mencionou que a identificação da variante da Índia no norte do Brasil “coloca em risco” toda a região por já estar presente no continente.
“A América do Sul está registrando aumentos outra vez, e isto é preocupante”, resumiu o diretor de Vigilância Sanitária.
Os números de contágios e riscos regionais colocam novamente em debate a volta das restrições, mas Sequera insistiu que estas medidas não têm efeito se a população não obedecê-las.
“As pessoas se contagiam nos encontros em que relaxamos, que não são feitos ao ar livre, onde são compartilhados utensílios. Quando nos juntamos ao ar livre, com máscaras, praticamente não vai haver contágio”, analisou Sequera, ao pedir que a população continue a reduzir os encontros sociais e a exposição aos contágios.
As informações são de Rádio Cultura