Secretária de Saúde de Curitiba prevê bandeira vermelha a partir de quarta: “Não vejo saída”

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Foto: Franklin de Freitas/arquivo Bem Paraná

A adoção de uma bandeira laranja mais restritiva, com lockdown aos fins de semana e toque de recolher mais amplo, na semana passada, não foi suficiente para segurar os índices da covid-19 e a Prefeitura de Curitiba deve anunciar nesta terça (25) a mudança para bandeira vermelha. A previsão é da secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, em entrevista ao telejornal Boa Noite, da RPC TV na noite desta segunda (24). “A gente contava com esse esforço para tentar segurar. Vamos ter uma reunião amanhã (terça) para decidirmos, mas não vejo muita saída para evitar o colapso no sistema de saúde além da bandeira vermelha”, afirmou. Ela também lembrou que na região metropolitana muitas cidades mantiveram tudo aberto e isso dificultou a redução da contaminação. Caso seja confirmada, a bandeira vermelha deve passar a valer já a partir da quarta (26).

O índice de transmissão de coronavírus, em Curitiba, segundo boletim desta segunda, é de 1,12, ou seja 100 pessoas transmitem para outras 120. O mesmo boletim anunciou que a capital paranaense atingiu 100% de ocupação nos leitos de enfermarias exclusivos para Covid-19. Já nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) restam 22 leitos e taxa de ocupação está em 96%, um índice também altíssimo. O número de casos ativos, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus, atualmente em 9.966, também preocupa. É o maior número de casos ativos desde 6 de abril.

A Prefeitura de Curitiba publicou na última terça (18) o decreto 890/2021, estabelecendo novas regras para enfrentamento da covid-19 na capital, que manteve a bandeira laranja. O documento entrou em vigor na quarta-feira (19), com validade até essa terça. Aos sábados e domingos, por exemplo, foi permitida apenas as modalidades de entrega drive-thru ou retirada para os serviços. Além disso, também houve alteração no horário de funcionamento de algumas atividades não essenciais e ampliação de uma hora no toque de recolher, passando a ser das 21h às 5h (antes era das 22h às 5h). Porém, a fiscalização encontrou diversos pontos de aglomeração na capital paranaense, inclusive em parques e praças. Para ser ter uma ideia, da noite de sexta-feira (21) até a madrugada deste domingo (23), a Força Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) interditou 18 dos 70 estabelecimentos fiscalizados. Foram lavrados 30 autos de infração que somam R$ 232 mil em multas. As averiguações ocorreram a partir da denúncia da população.

Seis hospitais da RMC não têm mais vagas em UTIs do SUS

De acordo com balanço da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), fechado às 11 horas desta segunda (24), ou seja mais cedo que o relatório da Prefeitura de Curitiba, restavam ainda 152 vagas de enfermaria em hospitas de outras cidades Região Metropolitana de Curitiba: 119 no Hospital do Rocio, 12 no Hospital São Lucas Parolin, ambos em Campo Largo, uma no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul e 20 no Hospital São Sebastião, na Lapa. Dos 13 hospitais da Grande Curitiba com leitos em UTIs exclusivas para SUS, seis já estavam com lotação máxima na manhã desta segunda, segundo a Sesa: o Angelina Caron, o Hospital de Reabilitação, o Hospital do Trabalhador, o Complexo de Upas (HIZA, Vitória, Boqueirão, Tatuquara e Vitor do Amaral), o Hospital Evangélico e o Hospital São Vicente Centro. O Hospital do Rocio aparecia com apenas uma vaga, ou seja 99% de ocupação.

Segundo a Sesa, há 385 pacientes com sintomas ou positivados para Covid-19 à espera de um leito na Região Metropolitana de Curitiba, sendo 225 na fila por um leito de enfermaria e 160, de UTI. Em todo o Paraná, a fila é de 1098 pacientes.

As informações são de Bem Paraná

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