O jornalista Gilmar Piolla, ex-secretário de Turismo de Foz do Iguaçu, defendeu nesta terça-feira, 25, que o novo modelo de concessão do Parque Nacional do Iguaçu (PNI) deve ser pelo menor preço de ingresso à unidade de conservação e sem taxa de outorga.
“Defendemos outro modelo de concessão, não esse que privilegia o pagamento de outorga inicial em detrimento dos investimentos na melhoria da qualidade dos serviços e o menor preço do ingresso. O ideal seria uma concessão com outorga zero, combinada com maior investimento e menor preço do ingresso”, disse.
Entidades de turismo, diz Piolla, deveriam se espelhar no movimento do agronegócio, que exigiu mudança no modelo de concessão do pedágio nas rodovias federais que cortam o Paraná.
“O Parque Nacional do Iguaçu exige investimentos consideráveis em sua infraestrutura turística, acessibilidade, mobilidade sustentável e autossuficiência energética. Antes da pandemia, a Trilha das Cataratas já não suportava o fluxo intenso de visitantes, com recordes sucessivos. O modal de transporte também já está superado e não podemos mais transportar turistas com veículos movidos a combustíveis fósseis”, argumenta o jornalista.
Segundo Piolla, o PNI deve ser exemplo de sustentabilidade para outros parques brasileiros e para o mundo. “Ou mudamos o formato de concessão ou não veremos crescimento quantitativo no número de visitantes nos próximos 30 anos. O alto valor do ingresso, conforme proposto, criará uma espécie de barreira seletiva à massificação do turismo no Parque Nacional do Iguaçu. Visitar as Cataratas do Iguaçu será um luxo para poucos”, prevê.