Peritos do Paraná usam antropologia forense para desvendar crimes; conheça o trabalho

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O Instituto Médico Legal do Paraná trabalha sem descanso para desvendar a identidade de uma vítima de homicídio ou do autor do crime. São diversos setores, várias tecnologias, especialistas debruçados no que há de mais concreto e científico na busca da resposta.

Uma dessas especialidades é a antropologia forense, que tem por objetivo apontar a autoria de um crime ou o reconhecimento de uma vítima por meio de processos técnicos, científicos e sistematizados.

A antropologia forense realiza perícias em ossadas, especialmente humanas, completas ou não, visando características anatômicas que permitam estimar a real causa da morte e o tempo decorrido, o sexo, a idade, estatura e demais elementos que caracterizem uma determinada pessoa. E, com essas metodologias, chegar na identificação civil.

É um serviço à disposição das autoridades policiais e judiciárias e que colabora de forma essencial para o esclarecimento de causas criminais.

Dr. Porcídio Vilani, Chefe do núcleo de antropologia forense do IML de Curitiba. Foto : Gilson Abreu/AEN

“Considero papel de alta importância o papel da antropologia forense, aquela que proporciona às famílias, à sociedade, de maneira humanitária, a identificação dos restos mortais, o que possibilita o recebimento (aos amigos e familiares) do cadáver, encerrando uma etapa de tristes sentimentos, carregada de dúvidas e incertezas. Isto traz conforto moral e espiritual de tamanho incomensurável”, explica o médico legista Porcidio Vilani, chefe da Antropologia Forense do IML do Paraná.

E foi justamente por meio da pesquisa científica que a antropologia forense do IML buscou um programa de computador que faz a reconstrução digital e mostra qual era o rosto de uma pessoa desaparecida sem o auxílio de nenhuma foto, somente a partir do crânio encontrado. A identificação da face é feita através de pontos mensurados nos ossos, por meio de sobreposição de imagens.

Segundo o diretor do Instituto Médico Legal, André Ribeiro Langowiski, esta é mais uma ferramenta de identificação que tem sido bastante eficiente no cruzamento de dados para desvendar de uma identidade. “Imagine que encontraram uma ossada e a família quer saber se é de um parente desaparecido. Mesmo se tratando de um caso muito antigo e em que os familiares não tenham uma foto, o programa é utilizado para projetar aquele rosto”, explica.

Responsável pela formação da equipe, o médico legista Porcidio Vilani explica que todo o trabalho desenvolvido pelo Setor de Antropologia Forense envolve a identificação de pessoas desaparecidas na intenção de auxiliar a polícia, a justiça e a sociedade na resolução de um crime.

Para o especialista, dar uma satisfação para as famílias envolvidas é o que realmente move as pesquisas do setor. “Nosso maior objetivo, além de auxiliar na solução dos crimes, é o de dar sentido, fechar o ciclo de dor, de tragédia, de calamidade, para uma família que teve um ente querido desaparecido”, explica o médico.

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