A longa estiagem que atinge o Paraná e outras regiões do país transformou a paisagem nas Cataratas do Iguaçu e das margens do rio Paraná, na fronteira entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este (Brasil e Paraguai, respectivamente). De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), desde fevereiro, quase todo o Estado tem tido chuvas abaixo da média histórica.
As águas dos rios Paraná e Iguaçu tem grande importância histórica no desenvolvimento de Foz do Iguaçu e a Tríplice Fronteira, incluindo a Argentina. A navegação foi uma das primeiras formas de acesso à região e atualmente facilita o escoamento da safra de grãos do Paraguai. No turismo, o líquido garante um dos mais belos espetáculos da natureza, ao irrigar os 275 saltos que formam as Cataratas do Iguaçu.
O baixo volume de água no atrativo turístico deixa a mostra um impressionante cânion. As Cataratas do Iguaçu, cuja vazão normal é de 1,5 milhão de litros de água por segundo, na tarde desta quarta-feira (16) estava com aproximadamente 410 mil litros de água por segundo, de acordo com o monitoramento hidrológico da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel).
Nos primeiros dias de junho, a vazão esteve ainda mais baixa, próximo a 380 mil litros de água por segundo. Este fator pode ser explicado pela falta de chuvas nas regiões da bacia hidrográfica do Iguaçu, cujas nascentes estão na região metropolitana de Curitiba. Ao longo do percurso, o rio abastece os reservatórios de seis usinas hidrelétricas.
A bacia do Iguaçu perdeu, de acordo com o MapBiomas, plataforma que monitora o uso do solo no Brasil, entre 1985 e 2019, 21,3% de sua vegetação nativa, formada principalmente pela Mata Atlântica. Na sub-bacia, nas cabeceiras do rio próximo à Curitiba, resta hoje apenas 7,2% da vegetação original.
As informações são de GDia