Grupo de jornalistas antes de ser retirado de bar em Curitiba, durante fiscalização policial
A Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento, Lazer e Similares do Estado do Paraná (Feturismo) e o Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (Sindiabrabar) repudiaram, nesta sexta-feira (29), os excessos praticados por policiais militares contra clientes, funcionários e proprietários de bares de Curitiba. Os estabelecimentos tem sido alvo de fiscalizações agressivas e as famosas “carteiradas” de autoridades que deveriam proteger a população.
As ações tem como alvo bares localizados nas regiões centrais e centro histórico de Curitiba. Na última semana, policiais se recusaram a pagar a taxa para ingresso em um estabelecimento, o que acabou gerando revolta dos proprietários. Nesta quinta-feira (28), policiais voltaram a agir com truculência ao abordar clientes que estavam no interior de estabelecimentos das ruas Trajano Reis e Paula Gomes. Um dos casos ganhou repercussão nas redes sociais.
As entidades de classe repudiam com veemência este tipo de atitude, que já está sendo comunicada ao comando da Polícia Militar e a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). “São investidas desproporcionais de policiais ou operações da segurança pública contra o nosso setor”, ressalta Fábio Aguayo, presidente do SindiAbrabar/Abrabar e vice-presidente da Feturismo.
As entidades defendem fiscalizações, abordagens e um trabalho mais ostensivo e de inteligência nas áreas críticas e de crescimento de violência e tráfico da Capital e nas cidades pólos do Estado. É necessário estabelecer, de acordo com Aguayo, vínculos com os pólos gastronômicos com modelos móveis ou fixos, em regiões de concentração e aglomeração de pessoas.
“Assim, incentivando a integração da vigilância/segurança da mão de obra privada com o poder público”, afirma o representante das entidades. “Entendemos que a Sesp precisa agir preventivamente, mas, também, precisa melhorar a orientação das forças policiais para separar o joio do trigo e evitar abuso de autoridade e excessos fora do padrão”.
“É o apelo de nossa categoria em respeito aos nossos verdadeiros clientes e turistas, que estão visitando as cidades de nosso Estado”, destacou Aguayo. “Uma das principais bandeiras do governador Ratinho Júnior, é a valorização do turismo e os seus 52 segmentos que compõe o trade. Queremos e precisamos de respeito para produzir, trabalhar em paz para poder gerar emprego, renda e tributos ao erário”, concluiu.
Redes sociais
Um dos grupos abordados na blitz desta quinta-feira, era formado por jornalistas da cidade e outros que estão na capital do Paraná, para assistir e divulgar o tradicional Festival de Teatro de Curitiba. Em postagem nas redes sociais, eles informam que estavam em um bar no Largo da Ordem no momento da abordagem.
“Tá vendo esse bando de jornalistas? Foi retirado de dentro de um bar agora a pouco no Largo da Ordem e levou uma geral cinematográfica da polícia militar”, contou o jornalista Adriano Rattmann, que estava com a esposa, a jornalista Simone Bello, e outros amigos. “O pior é ouvir frases de policiais como: ‘Se vocês estivessem em casa não estariam passando por isso’”.
O grupo estava reunido com a jornalista Nana Martins, do Rio do Janeiro, que é produtora do Festival de Teatro de Curitiba. Rattmann reclamou da falta de preparo dos policiais. “Não foi uma geral qualquer, foi mão no saco, mão dos peitos das meninas, grosserias das grandes. Estávamos entre amigos, pais e mães de família e passamos por um momento como esse. Triste. Lamentável. Foi um absurdo sem tamanho”, disse.
Foto: Facebook
Absurdo isto, pensei que não existia mais este tipo de atitude. Porque o nosso governador Ratinho Junior não toma uma providência? Será que está deixando correr solto? Por favor