CCZ registra 19 casos de raiva em morcegos este ano em Foz do Iguaçu

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Ao se deparar com caso suspeito (de morcego ou cão e gato), CCZ deve ser informado o mais rápido possível

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) diagnosticou, nos últimos dias, mais três morcegos com o vírus da raiva em Foz do Iguaçu. Com os registros, o município contabiliza até agora, 19 casos de janeiro a junho de 2021. O índice é o mesmo registrado durante todo o ano de 2019 e muito próximo ao recorde anual de 2018, com 32 morcegos infectados.

Os mamíferos voadores este ano foram localizados em praticamente todas as regiões de Foz do Iguaçu. De acordo com Giselli Kurtz, coordenadora do Programa de Controle de Zoonoses, os morcegos estavam no Centro, Jardim Niterói, Profilurb, Cohapar, Vila C, Jardim Eliza, Vila A, Jardim Lindóia, Jardim Santa Rita, Jardim das Laranjeiras, Jardim Soledade, Alto da Boa Vista, Três Lagoas e Três Bandeiras.

“Infelizmente, se continuarmos assim, bateremos o recorde de casos em um ano”, comentou Giselli. Segundo ela, as pessoas devem chamar o CCZ quando encontram um morcego no chão, ou dentro da casa da pessoa, independentemente de estar vivo ou morto. Os animais em situação normal, voando à noite ou dormindo em algum abrigo durante o dia, não são suspeitos de raiva.

“Os únicos suspeitos de raiva são os que estão com comportamento estranho (no chão, voando dentro de casa, se debatendo em paredes, morto)”, explica. A coordenadora do Controle de Zoonoses alerta, no entanto, que o maior risco está aos seres humanos e animais domésticos no contato direto com estes.

Alvos do vírus

Todos os mamíferos podem adquirir a raiva, mas dentro da área urbana, os cães, gatos e seres humanos são os mais suscetíveis, ressalta Giselli. “A raiva é transmitida através da saliva do animal infectado. Mordidas, arranhões, lambeduras e contato direto (no caso do morcego), são os meios de infecção”, revela.

A raiva é uma doença que não tem cura. “A partir do momento que o vírus chega no cérebro, não há tratamento seguro. Essa doença ainda é considerada 100% letal”, reforça o alerta. Tanto animais, como os seres humanos que desenvolvem a doença, acabam morrendo, informa.

A vacinação de animais de companhia é a maneira mais segura de prevenção. “Pessoas contatantes com animais suspeitos devem ser acompanhadas por médico e tomar soro e vacina específica para evitar que a doença se desenvolva”, destaca Giselli.

Comportamento estranho

Os principais sintomas da doença em cães e gatos são a falta de coordenação motora, salivação excessiva, medo da luz e da água, vocalização (uivos) estranha, deixa de se alimentar, sofre paralisia, tremores e convulsão. Os animais também podem ter morte súbita e demonstram bastante agressividade.

Ao se deparar com caso suspeito (de morcego ou cão e gato), a pessoa deve comunicar o CCZ o mais rápido possível, orienta a coordenadora do programa de Controle de Zoonoses. Os canais para encaminhar a ocorrência são os telefones (45) 3524-8848, 3524-5838 e 99997-4448 (whatsapp).

Prevenção

A melhor forma de prevenir e garantir a saúde dos animais de estimação é a vacinação, que é de responsabilidade dos tutores (donos).

Com isso, cada pessoa precisa procurar seu médico veterinário de confiança para fazer a vacinação anual dos cães e gatos contra a raiva. “E se algum animal tiver contato com morcego precisa avisar o CCZ e procurar um médico veterinário para fazer o acompanhamento correto, para que o animal não desenvolva a doença”, concluiu Giselli.

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