Pedido de mais vacinas para Foz do Iguaçu avança no Ministério da Saúde

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O prefeito Chico Brasileiro e a secretária de Saúde, Rosa Maria Jerônymo, reuniram-se com o secretário executivo do ministério, Rodrigo Cruz, que sinalizou a concordância do governo federal em relação à condição diferenciada das fronteiras

O prefeito Chico Brasileiro e a secretária municipal de Saúde, Rosa Maria Jerônymo, reforçaram ao secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, nesta quarta-feira (07), em reunião em Brasília, o pedido de mais doses de vacinas contra a covid-19 para Foz do Iguaçu. Com a sinalização positiva do governo federal, é fechado o consenso entre município, Estado e País sobre a condição diferenciada das fronteiras.

O pedido de mais vacinas para Foz leva em consideração o fato de a cidade fazer fronteira com o Paraguai e a Argentina e existir uma grande movimentação de pessoas diariamente entre os países, o que aumenta o risco de transmissão do coronavírus, inclusive de novas variantes. No caso da Argentina, embora a fronteira esteja fechada, há grande movimento de cargas.

O prefeito e a secretária de saúde têm defendido um maior número de doses para Foz do Iguaçu desde fevereiro deste ano, e receberam o apoio do Governo do Estado. Na reunião desta quarta, o diretor-geral da Secretaria Estadual de Saúde, Nestor Werner Júnior, e o chefe de gabinete, César Neves, entregaram ofício ao Ministério da Saúde solicitando que já nos próximos lotes sejam consideradas mais vacinas para atender a região de fronteiras do Paraná.

Rodrigo Cruz sinalizou a concordância do Ministério da Saúde sobre a necessidade de reconhecer as cidades de fronteiras como regiões especiais e encaminhará o pleito de Foz do Iguaçu para a próxima reunião do Gabinete Tripartite, que reúne representantes do Governo Federal e das secretarias estaduais e municipais de saúde.

Segundo o Ministério da Saúde, o assunto das fronteiras terá um olhar diferenciado pela pasta e está sendo solicitado um levantamento da realidade regional, com a regularidade e maior previsibilidade de entregas de vacinas aos Estados.

“O ministro Queiroga está sensível e tem avaliado o assunto. Vamos solicitar um levantamento deste cinturão sanitário das fronteiras secas para trabalharmos um cronograma de distribuição”, explicou o secretário-executivo do Ministério da Saúde.

“A proposta avançou bastante e existe um consenso entre os governos federal e estadual de que é necessário olhar para as fronteiras de uma forma diferente, para que possamos realmente ter um controle da pandemia”, afirmou o prefeito Chico Brasileiro. “O apoio da Secretaria Estadual de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde são fundamentais para que possamos ter esta solicitação atendida e de forma breve”.

A secretária Rosa Jerônymo comentou que a Secretaria Municipal de Saúde está preparada para aplicar 6 mil doses por dia – no último sábado (03) foram aplicadas mais de 5.300 doses das 8h às 17h, em 23 Unidades Básicas de Saúde. Ela se comprometeu em organizar mutirões para imunizar a população assim que Foz receber as doses extras. “Nossas equipes estão totalmente dedicadas a acelerar a vacinação e nosso compromisso, desde o início da campanha, é não deixar doses paradas”.

De acordo com levantamento do Consulado do Paraguai, pelo menos 98 mil brasileiros moram no país vizinho. “Com mais doses, poderemos atender também a essas pessoas que já têm buscado o sistema municipal de saúde”, disse o prefeito.

Também participaram da reunião o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, e a representante da Frente Nacional de Prefeitos, Aline Martins.

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