O terceiro dia de audiências do processo que investiga a morte do jogador Daniel Corrêa Freitas começou com o depoimento da mãe de Cristiana Brittes, no Fórum de São José dos Pinhais. A 37ª testemunha começou a ser ouvida pela juíza Luciani Martins de Paula, por volta das 9h30 desta quarta-feira (3).
Gessi Rodrigues, mãe de Cristiana Brittes, começou o depoimento tecendo elogios à filha e falou sobre o sofrimento da família. Ao ser perguntada pelo advogado dos Brittes, Claudio Dalledone, sobre o motivo que teria levado o genro a matar o jogador Daniel, Gessi respondeu que a culpa foi da própria vítima. Ela disse que a brincadeira de Daniel foi uma falta de respeito com uma mulher que estava dormindo. As informações são do Massa News.
“Eu sinto muito pela família do Daniel, mas ele é o culpado, ele acabou com a minha família”, desabafou. “O culpado é ele, o Daniel não tinha que ir lá se deitar na cama com a minha filha”, reiterou Gessi.
A mãe de Cristiana falou das lembranças e da dificuldade de ficar longe da família. Também lembrou que a filha teve uma boa educação e trabalhou em várias empresas. “Minha filha é uma mulher trabalhadora, carinhosa. Eu estou muito triste por tudo que eu já ouvi que estão falando dela. Eu, ela, minha neta, meu genro, a gente era uma família. De repente, a minha vida acabou”, afirmou Gessi. “Eu desde que aconteceu isso aí, eu tenho ido ao psicólogo, psiquiatra. A minha vida acabou, eu era diarista, agora não consigo mais”, completou.
“A minha vida não é mais a mesma, eu sofro muito. Para quem está fora é fácil, minha filha não é nada disso”, completou a mãe, que disse ainda que Cristiana sempre teve uma índole correta e é casada há 20 anos com o mesmo marido. “Eu não sei nem se é humano quem inventou isso da minha filha, eu sei quem é a filha, a neta e genro que eu tenho. É muito doído ver tudo isso”, disse Gessi.
Sobre o genro, Edison Brittes, a sogra disse que ele era um bom menino, que sempre fez “bicos”, também trabalhou em grandes empresas e conseguiu conquistar o que a família tem hoje. “Eles construíram tudo com muito suor”, disse.
Sobrinha
Dalledone também perguntou sobre a prima de Cristiana, a menor de idade que é namorada de Eduardo Henrique da Silva e mora em Foz do Iguaçu. A adolescente disse em depoimento que viu o jogador no quarto de Cristiana ao ir ao banheiro. “A Thais é da família, ela tem essa intimidade. O que que Daniel tinha que ir lá? Podia ter ido na área de festa mesmo”, questionou. O advogado perguntou se o quarto do casal fazia parte da festa e Gessi respondeu convicta, “não, nunca”.
A defesa de Eduardo Henrique Silva, que também é réu, perguntou sobre o rapaz. Gessi disse que ele é um “piá bom” e afirmou que nunca soube de qualquer envolvimento do jovem em alguma atividade ilícita. “Ele é muito educado. Um namorado exemplar para a minha sobrinha”, completou.
Mensagens de Allana
Os ânimos se exaltaram quando o advogado da família de Daniel, Nilton Ribeiro, questionou a mulher sobre como ela soube das mensagens que a neta Allana enviou para a família do jogador, depois que ele foi morto. Nesse momento Dalledone e Ribeiro discutiram. Gessi disse que não queria falar sobre esse assunto e afirmou que qualquer um protegeria o pai.
Ao final do depoimento Gessi pediu para abraçar filha e neta. Durante o depoimento da testemunha Cristiana, Allana e Edison Brittes choraram muito.