Carga tributária de aproximadamente 65% do vinho no Paraná gera concorrência desleal para empreendedores de gastronomia e entretenimento
Empreendedores dos setores de Gastronomia e Entretenimento querem que o Governo do Estado cumpra um dos principais compromissos assumidos na campanha eleitoral de 2018. Eles procuraram o Sindicato dos Bares, Restaurantes e Casas Noturnas (SindiAbrabar) para pedir apoio na cobrança da redução das alíquotas e a revisão da Substituição Tributária, a malfadada ST na categoria, especialmente de vinhos e destilados.
A pressão dos empresários é que os representantes da categoria e da entidade cobrem publicamente as promessas de campanha do então candidato Ratinho Júnior. De acordo com eles, até o momento não houve nenhuma sinalização, mobilização ou movimentação do Governo para reduzir ou rever as taxações nos produtos comercializados. A carga tributária sobre o vinho é de aproximadamente 65% do valor bruto.
A chiadeira ocorre devido o sufoco que passa o comércio legal não com a concorrência desleal do contrabando, tanto internacional (Argentina e Paraguai) principalmente, quanto o nacional, de estados que não adotaram a maldita Substituição Tributária. Eles querem algum sinal, como as manifestações do governador sobre a isenção do ICMS de carro elétrico e do querosene do avião.
A esperança do trade gastronômico é que o governador Ratinho Junior aproveite a participação no evento do Consulado Argentino, denominado MALBEC DAY, dia 17 de abril, para anunciar alguma medida neste sentido, como tem feito em outras atividades como o Smart City. O vice-governador Darci Piana também estará presente.
‘A ver navios’
O consumidor, diante da grande disparidade de preços do Paraná e países vizinhos, acaba adquirindo os vinhos dos famosos sacoleiros, “que hoje viraram empresários devido à grande demanda”, relata uma corrente de empresários.
“E acabam levando os mesmos (vinhos) para consumo nos restaurantes que nada ganham pois já existe até um aplicativo Rolha Livre que indica quais estabelecimentos não cobram para que se utilizem de seu serviços, taças, balde, gelo, toalhas, guardanapos, etc”, afirmam eles.
Que completam: “Não admira que tantos empresários estejam em dificuldades e até fechando as portas. É um jogo de perde-perde onde tanto Governo como lojas, bares e restaurantes ficam a ver navios”.
“Importante ressaltar que o próprio consulado tem sofrido com a cobrança de brasileiros e seu compatriotas do aumento de contrabando no Estado do Paraná”, comentou o presidente do SindiAbrabar, Fábio Aguayo.
Contexto
Os empreendedores recorreram ao plano de governo do candidato registrado junto a Justiça Eleitoral e publicado pela Gazeta do Povo, para justificar a cobrança. No item sobre as políticas relacionadas à indústria e ao comércio, “Ratinho Junior se compromete a promover o que chama de “revisão tributária”, revisando “a carga tributária de alguns produtos e serviços”, o regime de Substituição Tributária do ICMS”.
“O candidato também se dispõe a reduzir o tempo gasto para abrir e fechar empresas e para concessão de limpeza. Ele também defendeu a flexibilização de regras no setor industrial e maior agilidade na concessão de licenciamentos ambientais”.
Foto: Divulgação
Esse governinho é do tamanho do nome dele, ratinho. Só papo até agora.