Com fronteira fechada, criança argentina com paralisia cerebral é impedida de fazer tratamento há mais de um ano em Foz do Iguaçu

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Octavio faz tratamento em uma clínica de Foz do Iguaçu desde os dois meses de vida — Foto: Arquivo pessoal

Menino de 4 anos mora em Porto Iguaçu, na Argentina, e fazia reabilitação em Foz do Iguaçu desde bebê. Embaixada argentina autorizou passagem pela fronteira, mas liberação não foi recíproca no Brasil. Itamaraty justificou não ter recebido nota verbal da embaixada argentina.

Mesmo aos quatro anos de idade, Octavio Gabriel Gorosito Mattos travou e venceu inúmeras batalhas. O menino argentino tem múltiplas lesões cerebrais e, por isso, desde os dois meses de idade, faz fisioterapias em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, na luta por uma melhor qualidade de vida.

Ele e os pais moram em Porto Iguaçu, na Argentina, cidade que liga o país ao Brasil, pela Ponte Tancredo Neves. A fronteira está fechada há mais de um ano e quatro meses por causa da pandemia.

Por isso, nesse período, ele tem sido impedido de fazer o tratamento na clínica que fica a poucos quilômetros de onde vive, segundo a mãe Camila Vanesa Mattos.

Procurado pelo G1, o Itamaraty informou que não há, até esta terça-feira (20), registro na Divisão de Controle Imigratório (DCI) de nota verbal da embaixada da Argentina com o pedido de entrada excepcional no caso do menor Octavio Gabriel Gorosito Mattos.

Até a publicação desta reportagem, o governo Argentino não havia divulgado data para a reabertura das fronteiras terrestres entre o país e o Brasil.

De acordo com a mãe, após mais de um ano pedindo, a embaixada da Argentina autorizou que a família saísse do país pela Ponte Tancredo Neves.

Entretanto, a liberação não foi recíproca pela embaixada brasileira, pois a Argentina não permite o livre trânsito de moradores de cidades-gêmeas durante a pandemia, como é o caso de Foz do Iguaçu e Porto Iguaçu.

Veja mais em G1 Globo.

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