Foz do Iguaçu espera vacinar 100% da população adulta até agosto

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Foto: Christian Rizzi/PMFI

Visita do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou expectativa de que a cidade será um dos primeiros destinos turísticos imunizados do país

A visita do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta terça-feira, 20, reforçou a perspectiva das autoridades sanitárias de que até o início de agosto Foz do Iguaçu estará com 100% da população adulta (com mais de 18 anos) vacinada com pelo menos a primeira dose. “Será um trabalho conjunto do Ministério da Saúde e das secretarias estadual e municipal de saúde. Esperamos até agosto a vacinação de 100% da população”, disse Queiroga.

“É necessário um controle sanitário para que consigamos ter uma promoção de saúde nos padrões que desejamos para o Brasil e para os demais países da América do Sul. A imunização na fronteira tem um papel de grande relevo na região, justamente pelo trânsito dos cidadãos dos países vizinhos que podem trazer doenças para o nosso País”, completou o ministro.

A projeção da vacinação em massa é compartilhada pelo secretário estadual de Saúde, Beto Preto, e pelo prefeito Chico Brasileiro, que acompanharam o ministro durante sua estadia em Foz. “Até 20 ou 25 de agosto, os municípios paranaenses terão conseguido chegar a 80% de cobertura vacinal da população acima de 18 anos. E até o dia 15 a 20 de setembro, vamos atingir os 100% da população acima de 18 anos vacinada”, disse Beto Preto.

“É uma parceria acertada entre o Estado e o Ministério da Saúde. Dessa vez houve prioridade para a imunização em locais com grande fluxo de pessoas para criar este escudo imunológico e barrar o trânsito livre de variantes mais contagiosas ao Paraná”, acrescentou sobre a remessa das vacinas extras para Foz do Iguaçu, Guaíra, Barracão e Santo Antônio do Sudoeste.

Doses extras

O prefeito Chico Brasileiro, que articulou pela Frente Nacional de Prefeitos a remessa das vacinas extras às 54 cidades fronteiriças brasileiras agradeceu o atendimento do Ministério da Saúde que já estabeleceu como estratégia a vacinação em massa nas fronteiras brasileiras. “É uma política acertadíssima porque vai possibilitar que nossas fronteiras realmente estejam preparadas, imunizadas, que estejam realmente evitando a alta transmissão do vírus no Brasil”, disse.

“A nossa região tem ainda o maior porto seco da América Latina com caminhões que passam pelo Chile, Argentina, Uruguai, todos circulam diariamente em Foz do Iguaçu. Com essa barreira que está protegendo Foz do Iguaçu com a imunização, estará protegendo o Paraná e o Brasil”, completou.

O ministro, o secretário e o prefeito concordam que Foz do Iguaçu deve ser um dos primeiros municípios brasileiros a encerrar a vacinação da população adulta. Queiroga adiantou que novo lote de doses extras será enviado nos próximos dias. A cidade tem a fronteira mais movimentada do País e o Consulado do Paraguai indica que pelo menos 98 mil brasileiros moram no país vizinho, com trânsito intenso pela Ponte da Amizade.

“Se somarmos os municípios que fazem divisa tanto com o Paraguai quanto com a Argentina, temos um milhão de habitantes, além do maior porto seco da América Latina. Controlar a transmissão da doença nessa região é um desafio muito grande, e essa imunização na fronteira é uma política acertada para reforçar a proteção”, reforçou Chico Brasileiro.

Mais vacinas

O ministro estima que a população adulta brasileira receba pelo menos uma dose, ou dose única, até o final de setembro. “Até setembro, todos os brasileiros com mais de 18 anos devem ter recebido ao menos uma dose de vacina contra a Covid-19, e concomitantemente, 50% da população já deve estar imunizada com as duas doses”, disse.

Há expectativa de distribuir 40 milhões de doses em julho em todo o País, o que vai ser reforçado com o anúncio desta segunda-feira (19) da Pfizer/BioNTech, de entrega de 13 milhões ao governo federal até 1º de agosto.

Queiroga ainda elogiou a estrutura de saúde pública e a campanha de vacinação do Estado. “O Paraná tem um sistema de saúde muito organizado. Sou cardiologista e conheço esse sistema bem estruturado. As respostas estão aí, uma campanha séria de vacinação, com doses enviadas e distribuídas rapidamente aos municípios e prontamente aplicadas nos paranaenses”, disse.

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