O novo instrumento de gestão com indicadores para o quadriênio 2022 e 2025 está sendo elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde e deverá ser submetido à Câmara de Vereadores e Comus em agosto
Diretores da Secretaria Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu discutiram, nesta sexta-feira (22), as diretrizes do Plano Municipal de Saúde para os próximos quatro anos. O encontro aconteceu no gabinete da secretária Rosa Jerônimo para elencar e alinhar os indicadores de Saúde que serão monitorados entre 2022 e 2025. A proposta da pasta é que seja um plano monitorável, considerando as ações de enfrentamento à andemia de Covid-19, e que se encaixe na realidade orçamentária e na condição geográfica da cidade.
O foco é a consolidação das atuais parcerias e criação de novas, com instituições de ensino, entidades sociais, órgãos públicos e organizações internacionais de interesse da saúde coletiva, com vistas a implementar um novo modelo de assistência à saúde no Município. O novo instrumento de gestão deverá prever, ainda, a criação de dispositivos legais complementares, necessários para ampliação da figura da autoridade sanitária local.
A ratificação do papel da Secretaria de Saúde como único regulador, ordenador e gestor do Sistema Único de Saúde (SUS) de Foz do Iguaçu, bem como a implantação e aprimoramento do Sistema Municipal de Controle Social no SUS também deverá elencar o PMS. O conteúdo está sendo elaborado e ainda precisa passar pela aprovação da Câmara Municipal de Vereadores e do Conselho Municipal de Saúde (Comus) até o mês de agosto.
Além desse norteamento, a secretária Rosa Jerônymo sugeriu que os diretores atuem fortemente em ações preventivas – identificando as causas das doenças – e na adoção de providências para suplantá-las, buscando reprogramação no Plano Diretor de Regionalização do Estado e a inserção na Programação Anual de Saúde ou na própria redação do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAPS.
O COAP é um acordo de colaboração firmado entre os entes federativos, no âmbito de uma Região de Saúde, com o objetivo de organizar e integrar as ações e os serviços relacionados para garantir a pontualidade da assistência à saúde da população. De acordo com a secretária, a meta é um planejamento tripartite, em todas as dimensões.
“Faremos um planejamento tripartite, de ampla programação de custeios permanentes e financiamentos especiais das demandas de saúde na fronteira, em todas as dimensões”, disse Rosa Jeronymo, ressaltando especial atenção à assistência e emergência que são específicas de Foz do Iguaçu, fronteira com o Paraguai e Argentina.
Planejamento
Na reunião, Larissa Borges dos Santos de Menezes, sanitarista da Atenção Básica, falou sobre a importância de um plano consistente, de fácil leitura e exequível. “Com indicadores quantificados e avanço das metas apresentadas em planejamentos anteriores que possibilitem mensurar a resolutividade do sistema”, complementou ressaltando a importância da pactuação do que vai acontecer no quadriênio.
O documento final apresentará todas as propostas de melhorias na área da saúde do município, definindo as diretrizes de acordo com os princípios do SUS e pensadas conforme a realidade de cada diretoria. Participaram do encontro as diretorias de Vigilância em Saúde, Atenção Primária, Saúde Mental, Auditoria e Controle, Assistência Especializada, Manutenção e Compras, Gestão em Saúde, e o coordenador do Fundo Municipal de Saúde.